- A critica radical aos movimentos revolucionários de esquerda é que, em sua revolta contra Deus e o mundo - literalmente -, quiseram fazer as vezes de Deus e transformar o mundo num paraíso, acabando por precipita-lo num inferno.
- Condenável o quanto seja, o regime militar pode ter instaurado um Estado de repressão policial, mas não teve um projeto de doutrinação e hegemonia ideológica característico dos Estados totalitários.
- E é fato notório e computável que, enquanto o Brasil enrriquece, o PT continua ano após ano aparelhando e inchando todo o funcionalismo publico com seus quadros correligionários, ameaçando transformar o que deveria ser só um governo petista em um Estado petista.
- Enfim, posicionar-se á direita no Brasil de hoje é, tecnicamente, um ato de subversão e contracultura.
- Uma chantagem que se converte em programa e ação: se a perfeição é possível, por que não procura-la? Mais: por que não empreender todos os esforços humanos para realizar na terra o que as religiões tradicionais apenas reservaram para o céu?
- O problema do pensamento utópico não esta apenas na arrogância do racionalismo, está na crença infantil, e obviamente falaciosa, de que as pessoas são uniformes.
- O pluralismo deve respeitar e defender os valores relativos, socialmente localizados, que servem de guia imediato para qualquer comunidade.
- Porque não basta que as tradições sejam úteis, será importante que elas também sejam benignas.
- Afinal de contas, virar a direita é saber virar de acordo com as circunstancias. E são elas que, para regressarmos a Burke, dão a cada principio político a sua cor distinta e o seu efeito particular. Saber que as circunstâncias mudaram o papel e a vocação do Estado português nos alvores do século XXI não é virar para uma direita imaginaria, é tão só, convidar um país imaginário a virar para a realidade.
- Até hoje acho que o cemitério é o lugar por excelência da filosofia.
- Aqueles que são mais capazes se incumbem dos encargos mais difíceis, enquanto os demais se aproveitam e, se são de esquerda, valem-se de um serie de argumentos para justificar sua preguiça e sua mediocridade.
- A universidade, hoje, é um dos lugares de maior miséria espiritual que conheço.
- Quando estou em jantares com pessoas “inteligentes”, costumo escutar absurdos como: “A biblia é um livro opressivo e ultrapassado”. Para mim, esse é um teste definitivo de repertório: quem pensa assim é basicamente um ignorante. A clássica desqualificação que a esquerda faz da herança bíblica, confundindo-a com as mazelas da história do cristianismo, é um indicador de sua inconsistência intelectual.
- ...quando Moisés, na famosa passagem da sarça ardente, pergunta a Deus qual é o nome dEle, Deus responde: Ei sou aquele que é”. Isso remete ao fato de que apenas Deus tem ser, enquanto o resto da criação tem ser apenas por empréstimo, de graça.
- O orgulho é a mentira essencial que estrutura nosso carater, ou seja, a tentativa de negar o vazio ontológico que nos constitui.
- Em relação a condição humana, a descrição bíblica parece muito mais verdadeira do que os delitos da política marxista do homem novo. Sempre que apostamos no pecado como grade de analise moral, temos mais chance de fazer “ciência” da moral, porque nosso temperamento é orgulhoso e invejoso. Eis por que vejo a BIblia como um livro empírico.
- Toda actividade do homem esta empenhada em distrai-lo, ou seja, esta a serviço dessa fuga monótona e interminável de sim mesmo. A ideia de uma transformação política do homem, nos moldes da herança rousseauniana, sempre esbarrará nesse muro de infelicidade escondida.
- O homem da democracia lê pouco, é generalista, pergunta para a pessoa ao lado e adota a como verdade o que a maioria diz, trocando o conhecimento pela opinião publica. Em Tocqueville, há claramente a suspeita de que essa maioria tende a estupidez justificada politicamente (a soberania é “popular”).
- Mesmo um poder que se diga amigo do indivíduo (como o governo democrático), quando entregue a sua mecânica pura, esmaga os sujeitos. Dai a necessidade de mecanismos de pesos e contrapesos, assim como de pequenas e infinitas associações “locais” que protejam o indivíduo da tendência avassaladora do poder para destrui-lo.
- O que garante a liberdade não é um governo “absoluto” a favor dela, mas uma rede de poderes e associações que se entrechocam.
- O governo nada tem a ver com a formação moral das pessoas , que deve ficar a cargo das infinitas associações feitas por elas ao longo dos séculos.
- Amar seu semelhante é muito difícil, o mau carater acha uma saída a esse impasse amando a humanidade abstracta, fingindo-se de bom.
- Tornei-me um conservador em política porque sou um empirista e um céptico. Penso como um britânico. Sou, de certa maneira, um iluminista britânico. A esquerda é abstracta e mau carater porque nega a realidade histórica humana a fim de construir seu domínio sobre o mundo. Vende elogios ao homem para assim te-lo como um retardado mental a seu serviço. A esquerda é puro marketing. No fundo, não passa de auto-ajuda.
- No que se refere a vida intelectual, ela percebe sistematicamente qualquer um que não reze por sua cartilha. Mas eu, como dizia o grande pensador Nelson Rodrigues, “sou um ex-covarde”. Não tenho medo deles. Que venham.
- É curioso que a era Lula, embora marcada pelo pragmatismo económico, tenha sido na política externa uma prolongação daquilo que a esquerda tem de mais retrogrado.
- O jogo com as palavras não conhece aqui mais nenhum limite, pois tal socialismo não passa de uma repetição, em novos moldes, do comunismo do século XX.
- ...as novas esquerdas passam a falar em “socialismo” ou até em sociedade solidaria, mascarando seu verdadeiro projeto político, a luta contra o direito de propriedade, a liberdade de escolha, o Estado de Direito e a democracia representativa. Em poucas palavras: a destruição do capitalismo.
- No entanto, aqueles que menosprezam a democracia por considera-la burguesa, formal e representativa sempre poderão se autoqualificar como “democratas” por respeitarem os resultados eleitorais do momento.
- Virar a direita significa, desmitificar o mito, defender a democracia contra os que pretendem usurpa-la.
- Virar a direita significa aqui adoptar um suave ceticismo, incomum em um ambiente de esquerda. Seria possível conciliar esse ceticismo, a prudência do juízo, com a crença na realização de uma sociedade sem classes? A fé no comunismo, no socialismo seria compatível com o exercício da razão?
- Os outros que morram por suas ideias - eles apenas as defendem, no conforto dos cafés, entre um cálice e outro de vinho.
- Sartre talvez seja aquele que prestou um dos maiores desserviços a democracia e á liberdade , embora esta seja, por assim dizer, o cerne proclamado de sua filosofia.
- Divorciados da realidade, vivendo em um mundo próprio, financiado pelos contribuintes, muitos com confortáveis aposentadorias, intelectuais continuam a vociferar contra o lucro, o capitalismo e o mercado. De dentro da fantasia dos muros universitários, são eles que ajudarão a criar e a defender o “o outro mundo possível” e mas alguns mitos esquerdistas.
- Nesse sentido, o que estamos observando actualmente na America Latina, incluindo o Brasil, sobretudo em relação a figura de Che Guevara, merece atenção. Indivíduo sem nenhum escrúpulo moral na execução de seus inimigos e ate de companheiros pelos quais nutria desconfiança. Guevara agora se torna um exemplo político e chega a ser considerado um personagem romântico da historia, que se aventurava de motocicleta pela America Latina. Como deveria ser qualificado um indivíduo que matava friamente, movido por convicções pessoais? “Assassino”, seria a resposta sensata. Mas para os insensatos, ele tem outro nome: “Revolucionário”. As palavras passam a ter diferente significação tão logo ganha a cena outra concepção de mundo, ancorada nas ideias de “finalidade da historia” e de “ditadura de proletariado”.
- O Estado para Hobbes, tem como função principal; assegurar a vida de seus membros e a validade dos contratos entre eles, não é de sua competência ditar os comportamentos individuais, nem dizer o que cada um deve moralmente fazer. As noções do bom são estritamente individuais, e o Estado não é uma instancia moral.
- Virar a esquerda pode ser aqui tentador, mas o perigo não cessa de ser maior. Cuidado com a sedução.

A consultoria ministerial da LEADER é desenvolvida com base em dois princípios: visão espiritual do Reino e passos práticos de planejamento. A LEADER não “vende” um “pacote ministerial” para a igreja. Cada igreja é uma realidade e para cada realidade há sugestões e propostas específicas. ENTRE EM CONTATO CONOSCO E FALE DA NECESSIDADE DA SUA IGREJA. TEMOS O TREINAMENTO QUE A SUA LIDERANÇA PRECISA.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
NOTAS DE LEITURA - POR QUE VIREI A DIREITA, Três Intelectuais explicam sua opção pelo conservadorismo (João Pereira Coutinho, Luis Felipe Pondé e Denis Rosenfield)
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