quinta-feira, 28 de novembro de 2013

CRISTIANISMO E LIBERALISMO, J. GRESHAM MACHEN



  • Na esfera da religião, assim como em outras esferas, as coisas sobre as quais os homens concordam podem ser aquelas que menos valem sustentar; as coisas realmente importantes são Haquelas sobre as quais os homens lutarão.
  • Muito mais importante do que todas as questões relacionadas os métodos de pregação é a questão básica sobre o que deve ser pregado.
  • A melhoria material tem andado de mãos dadas com o declínio espiritual.
  • Nunca ocorreu a Paulo que um evangelho podia ser verdadeiro para uma pessoa e não para outra; a ferrugem do pragmatismo nunca havia atacado sua alma. Paulo estava seguro da verdade objetiva da mensagem do evangelho e a devoção a esta verdade foi a grande paixão de sua vida. O Cristianismo para Paulo não era apenas vida, mas também doutrina e, logicamente, doutrina vinha em primeiro lugar.
  • E, assim, gememos novamente sob a velha escravidão da lei. Paulo via claramente que esta tentativa de completar a obra de Cristo através de nosso próprio mérito era a própria essência da incredulidade; Cristo fará tudo ou nada, e a única esperança é nos atirarmos sem reservas na sua misericórdia e confiarmos nele para tudo.
  • O liberal moderno deseja produzir sobre as mentes dos cristãos simples (e sobre sua própria mente) a impressão de algum tipo de continuidade entre o liberalismo moderno e o pen- samento e vida do grande Apóstolo. Mas esta impressão é totalmente ilusória. Paulo não estava interessado meramente nos princípios éticos de Jesus; ele não estava interessado simplesmente nos princípios gerais da religião ou da ética. Pelo contrário, ele estava interessado na obra redentora de Cristo e no seu efeito sobre nós. Seu principal interesse era a doutrina cristã, e não apenas nos pressupostos da doutrina cristã, mas no seu cerne. Se o Cristianismo deve se tornar independente de doutrina, então o “Paulinismo” deve ser removido da raiz e das rami- ficações do Cristianismo.
  • “Cristo morreu”— isto é história; “Cristo morreu pelos nossos pecados”— isto é doutrina. Sem estes dois elementos, conjugados em união absolutamente indissolúvel, não há Cristianismo.
  • Estranho, de fato, é a complacência com que o homem moderno pode dizer que a Regra de Ouro e os princípios éticos elevados de Jesus são tudo o que precisam. Na realidade, se os requerimentos para a entrada no Reino de Deus são os que Jesus declara, estamos todos destruídos; não alcançamos nem mesmo a justiça externa dos escribas e fariseus, então como alcança- remos a justiça de coração que Jesus demanda? O Sermão do Monte, corretamente interpretado então, faz com que o homem recorra aos meios divinos de salvação pelos quais a entrada no Reino possa ser obtida. Até mesmo Moisés é muito elevado para nós; mas antes desta lei maior de Jesus, quem poderia por-se de pé sem ser condenado? O Sermão do Monte, assim como todo o resto do Novo Testamento, realmente conduz o homem diretamente aos pés da Cruz.
  • Nunca teremos contato vital com Jesus se nos preocuparmos com a Sua pessoa e negligenciarmos a mensagem; porque é esta mensagem que faz com que Ele seja nosso.
  • Este conhecimento é dado na história da Cruz. Por nós, Jesus não apenas colocou Seus dedos nos nossos ouvidos e disse, “Sejam abertos”; por nós, Ele não apenas disse “Levante-se e ande”. Por nós, Ele fez algo ainda maior — por nós, Ele morreu. Nossa culpa terrível, a condenação da lei de Deus, foi anulada por um ato de graça. Esta é a mensagem que traz Jesus para perto de nós e faz dele não apenas o Salvador dos homens da Galiléia a muito tempo atrás, mas o meu e o seu Salvador.
  • O que é estranho sobre o Cristianismo é que ele adotou um método inteiramente diferente. Ele não transformou as vidas dos homens apelando para a vontade humana, mas contando uma história; não através da exortação, mas pela narração de um even- to. Não é de se surpreender que este método parecesse estranho. Algo poderia ser mais impraticável que a tentativa de influenciar a conduta pelo ensaio de eventos a respeito da morte de um mestre religioso? Isto é o que Paulo chamava de “tolice da mensagem.” Ela parecia tola ao mundo antigo, e parece tola aos pregadores liberais de hoje. Mas o estranho é que ela funciona. Os seus efeitos aparecem mesmo neste mundo. Onde a mais eloqüente exortação falha, a simples história de um evento obtém sucesso; as vidas de homens são transformadas através de um fragmento de notícias.
  • Se a nossa doutrina for verdadeira e nossas vidas erradas, quão terrível é o nosso pecado!
  • A indiferença com relação à doutrina não cria heróis da fé.
  • O Cristianismo é baseado, então, em um relato de algo que acon- teceu, e o obreiro cristão é, antes de mais nada, uma testemunha. Mas, se é assim, é particularmente importante que o obreiro cristão fale a verdade. Quando um homem senta-se no banco de testemunhas, faz pouca diferença qual é o corte do seu casaco ou se suas sentenças são bem desenvolvidas. O que é importante é que ele diga a verdade, toda a verdade, e nada além da verdade. Se devemos ser verdadeiramente cristãos, então, faz uma grande diferença quais são os nossos ensinamen- tos e não é de forma alguma um despropósito expor os ensinamentos do Cristianismo em contraste com os ensinamentos do principal rival moderno do mesmo.
  • Certamente faz a maior diferença possível o que pensamos sobre Deus; o conhecimento de Deus é a própria base da religião.
  • Com certeza, o ateísmo ou o “cristianismo agnóstico”, que algumas vezes aparece com o nome de religião “prática,” não é cristianismo de forma alguma. Na própria raiz do cristianismo está a crença na existência real de um Deus pessoal.
  • Deus, conseqüentemente, diz-se, não é uma pessoa distinta de nós mesmos; pelo contrário, nossa vida é uma parte da Sua. Assim, a história do Evangelho da Encarnação, de acordo com o liberalismo moderno, às vezes é tida como um símbolo da verdade geral de que o homem, no seu auge, é um com Deus.
  • O paganismo é a visão de vida cuja meta maior da existência humana é o desenvolvimento jubiloso, harmonioso e sadio das faculdades humanas existentes. O ideal cristão é muito diferente. O paganismo é otimista com relação à natureza humana autônoma enquanto que o Cristianismo é a religião do coração ferido.
  • Ao dizermos que o Cristianismo é a religião do coração ferido, não queremos dizer que o Cristianismo termina com o coração ferido; não queremos dizer que a atitude cristã característica é uma batida contínua no peito ou um choro contínuo de “Ai de mim.” Nada poderia ser mais distante do fato. Pelo contrário, o Cristianismo significa que o pecado é encarado de uma vez por todas e, então, é arremessado para sempre, pela graça de Deus, nas profundezas do mar. O problema com o paganismo da Grécia antiga, assim como com o paganismo dos tem- pos modernos, não estava na superestrutura que era gloriosa, mas na base que era podre. Sempre havia algo a ser escondido; o entusiasmo do arquiteto era mantido apenas pela ignorância do fato perturbador do pecado.
  • ́ através dos “pequenos pecados” que Satanás ganha entrada em nossas vidas.
  • Mas se a consciência do pecado deve ser produzida, a lei de Deus deve ser proclamada na vida do povo cristão assim como pela palavra. É completamente inútil para o pregador exalar fogo e enxofre do púlpito se, ao mesmo tempo, os ocupantes dos bancos prosseguem conside- rando o pecado de forma superficial e se contentando com os padrões morais do mundo. Os recrutas da igreja devem fazer a sua parte em proclamar a lei de Deus através de suas vidas de forma que os segredos do coração dos homens seja revelado.
  • Todas as idéias do cristianismo podem ser descobertas em alguma outra religião, porém não pode haver cristianismo em outra religião. Porque o cristianismo não depende de um complexo de idéias, mas da narração de um evento.
  • O homem cristão, por outro lado, encontra na Bíblia a própria Palavra de Deus. Não se diga que a dependência de um livro é algo artificial ou morto. A Reforma do século XVI foi baseada na autoridade da Bíblia e, mesmo assim, colocou o mundo em chamas. A dependência na palavra de um homem seria servil, mas a dependência na Palavra de Deus é vida. O mundo seria escuro e sombrio se tivéssemos sido deixados por conta de nossos próprios esquemas e não tivéssemos a Palavra abençoada de Deus. A Bíblia, para o cristão, não é uma lei pesada, mas a própria Carta Magna da liberdade cristã.
  • O pregador liberal moderno reverencia Jesus; ele sempre tem o nome de Jesus em seus lábios; ele fala de Jesus como a suprema revelação de Deus; ele entra, ou tenta entrar, na vida religiosa de Jesus. Mas ele não tem um relacionamento religioso com Jesus. Jesus, para ele, é um exemplo de fé, não o objeto da fé. O liberal moderno tenta ter fé em Deus como a fé que ele supõe que Jesus tinha em Deus; mas ele não tem fé em Jesus.
  • Mas é igualmente importante observar que a religião de Jesus não foi o cristianismo. O cristianismo é um modo de se livrar do pecado e Jesus não tinha pecado. Sua religião era uma religião do Paraíso, não uma religião da humanidade pecaminosa. Foi uma religião que nós, talvez de alguma forma, alcançaremos no céu quando o processo de nossa purificação estiver completo (apesar de que, mesmo lá, a memória da redenção nunca irá nos deixar); mas certamente não é uma religião com a qual podemos começar. A religião de Jesus foi uma religião de filiação tranqüila; o cristianismo é uma religião de alcance da filiação através da obra redentora de Cristo.
  • Há uma diferença profunda, então, na atitude assumida pelo libe- ralismo moderno e pelo cristianismo, com relação a Jesus, o Senhor. O liberalismo o considera como um exemplo e guia; o cristianismo, como Salvador; o liberalismo faz Dele um exemplo de fé; o Cristianismo, o objeto da fé.
  • A convicção do pecado é tão fundamental na fé cristã que não se pode chegar a ela simplesmente por um processo de raciocínio; não se pode simplesmente dizer: Todos os homens (como já me disseram) são pecadores; eu sou um homem; então, suponho que devo ser um pecador também. Isto é tudo o que a convicção do pecado atinge, algumas vezes. Mas a verdadeira convicção é muito mais imediata do que isto. Ela depende, de fato, da informação que vem de fora; ela depende da revelação da lei de Deus; depende da veraci- dade terrível apresentada na Bíblia como a pecaminosidade universal da humanidade. Mas ela adiciona à revelação que vem de fora, uma convicção de toda a mente e coração, um entendimento profundo da própria condição perdida, uma iluminação da consciência amor- tecida que causa uma revolução Copérnica na atitude de uma pessoa com relação ao mundo e a Deus. Quando um homem passa por esta experiência, ele se surpreende com a sua cegueira anterior. E, especial- mente, ele se surpreende com a sua atitude anterior com relação aos milagres do Novo Testamento e com a Pessoa sobrenatural lá revelada.
  • Rejeite os milagres e você terá em Jesus a flor mais honrada da humanidade que deixou uma impressão tal em seus seguidores que depois da Sua morte, eles não podiam crer que Ele havia perecido, mas experimentaram alucinações nas quais pensaram vê-lo ressuscitado de entre os mortos; aceite os milagre e você terá um Salvador que veio voluntariamente a este mundo para a nossa salvação, sofreu na Cruz pelos nossos pecados, ressuscitou de entre os mortos pelo poder de Deus, e vive eternamente intercedendo por nós. A dife- rença entre as duas visões é a diferença entre duas religiões totalmente diversas.
  • O Jesus do Novo Testamento tem pelo menos uma vantagem sobre o Jesus da reconstrução moderna — Ele é real. Ele não é uma figura manufatura- da adequada como um ponto de suporte para as máximas éticas, mas uma Pessoa genuína a quem o homem pode amar. Os homem o tem amado por todos os séculos cristãos. E o que é estranho, a despeito de todos os esforços para removê-lo das páginas da história, é que ainda há aqueles que O amam.
  • Jesus é o nosso Salvador, não por virtude do que disse, nem mesmo do que foi, mas pelo que Ele fez. Ele não é nosso Salvador porque nos inspirou a viver o mesmo tipo de vida que viveu, mas porque tomou sobre Si mesmo a culpa terrível de nossos pecados e suportou-a em nosso lugar na Cruz.
  • Não é a doutrina bíblica da expiação que é difícil de entender — o que é realmente incompreensível é o elaborado esforço das pessoas para livrar-se de doutrina bíblica no interesse do orgulho humano.1
  • O que seria deixado seria simplesmente misticismo, e o misticismo é totalmente diferente do cristianismo. É a conexão da experiência presente do crente com a aparição histórica real de Jesus no mundo que previne nossa religião de ser misticismo e faz com que seja cristianismo.
  • em a sua ex- clusividade, a mensagem cristã teria parecido perfeitamente inofensiva aos homens daqueles dias. Assim, o liberalismo moderno, ao colocar Jesus ao lado de outros benfeitores da humanidade, é perfeitamente inofensivo ao mundo moderno. Todos os homens falam bem dele. É inteiramente inofensivo. Mas é, também, totalmente fútil. A ofensa da Cruz é suprimida, mas também sua glória e poder.
  • O homem verdadeiramente penitente anela destruir os efeitos do pecado, não apenas esquecê-lo.
  • Mas se a fé cristã é baseada na verdade, então não é a fé que salva o cristão, mas o objeto da fé. E o objeto da fé é Cristo. A fé, então, de acordo com a visão cristã, significa simplesmente receber um dom. Ter fé em Cristo significa parar de tentar ganhar o favor de Deus pelo próprio caráter; o homem que crê em Cristo, simplesmente aceita o sacrifício que Cristo ofereceu no Calvário. O resultado desta fé é uma nova vida e todas as boas obras; mas a própria salvação é um dom absolutamente gratuito de Deus.
  • Mas o cristão conhece também um relacionamento muito mais íntimo do que o relacionamento geral do homem com o homem e é para este relacionamento mais íntimo que ele reserva o termo “irmão”. A verdadeira irmandade, de acordo com o ensino cristão, é a irmandade dos remidos.
  • a verdadeira transformação da sociedade ocorrerá pela influência daqueles que foram, eles mesmos, remidos.
  • A Igreja é a resposta cristã mais elevada às necessidades sociais das pessoas.
  • Nestes tempos de crise, Deus sempre salvou a Igreja. Mas Ele não a salvou através de pacifistas teológicos e sim através de contendores vigorosos a favor da verdade.
  • Os leigos, assim como os ministros, deveriam retornar com nova seriedade, nestes dias difíceis, ao estudo da Palavra de Deus.
  • Cansados dos conflitos do mundo, uma pessoa vai à Igreja buscar refresco para a alma. E o que ela encontra? Muitas vezes encontra apenas o tumulto do mundo. O pregador apresenta-se, não dentre um lugar secreto de meditação e poder, não com a autoridade da Palavra de Deus permeando sua mensagem, não com a sabedoria humana empurrada para o fundo pela glória da Cruz, mas com opiniões humanas sobre os problemas sociais do momento ou soluções fáceis para o vasto problema do pecado.
  • Não há refúgio do conflito? Não há lugar de refresco onde uma pessoa pode se preparar para a batalha da vida? Não há lugar onde dois ou três possam reunir-se no nome de Jesus para esquecerem-se, por um momento, de todas as coisas que dividem nação de nação, raça de raça, para esquecerem o orgulho humano, as paixões da guerra, os problemas confusos do conflito industrial, e para unirem-se em grati- dão transbordante aos pés da Cruz? Se este lugar existe, então ele é a casa de Deus e o portão do céu. E do limiar desta casa sai um rio que renovará o mundo cansado.






sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A ORAÇÃO MUDA AS COISAS ? R.C Sproul



..conhecimento e verdade permanecem abstractos se não temos comunhão com Deus em oracao. 

  • Alguém pode orar e não ser um cristão mas alguém não pode ser um cristão e não orar. 
  • A oracao, pelo menos a oracao particular é difícil de ser feita a partir de um motivo falso. Alguém pode pregar com um motivo falso, como o fazem os falsos profetas. Contudo é altamente improvável que alguém tenha comunhao com Deus a partir de motivos impróprios. 
  • Pedro não orou e como resultado caiu em tentação. O que aconteceu com Pedro também acontece com todos nós: caímos em particular antes de cairmos em publico. 
  • Podemos perguntar: e se não acontecer nada? Essa não é a questão. Não importando se a oracao faz algum bem ou não, visto que o Senhor nos ensina a orar, temos de orar. 
  • Um dos grandes temas da reforma foi a ideia de que toda a vida deve ser vivida sob a autoridade de Deus, para a glória de Deus e na presença de Deus. 
  • Quanto mais entendemos a soberania de Deus, tanto mais nossas orações serão cheias de ações de graça. 
  • A mente de Deus não muda, pois ele não muda. As coisas mudam, e elas mudam de acordo com a soberana vontade de Deus, que ele executa utilizando meios e actividades secundários. A oracao de seu povo é um dos meios que Deus usa para fazer as coisas acontecerem neste mundo. 
  • O que a oracao muda mais frequentemente é a impiedade e a dureza de nosso coração. Só isso ja seria razão suficiente para orarmos, ainda que nenhuma das outras razoes fosse valida ou verdadeira. 
  • Tudo o que Deus faz é, primeiramente, para sua glória e, em segundo lugar para nosso beneficio. Oramos porque Deus nos ordena orar, porque a oracao o glorifica e porque ela nos beneficia. 
  • Há apenas duas famílias, e todas as pessoas pertencem a uma ou a outra dessas famílias. Todavia, ambos os grupos tem uma coisa em comum. Os membros de cada familia fazem a vontade de seu respectivo pai, ou Deus ou Satanás. 
  • Nunca devemos esquecer que Deus é totalmente “outro”, diferente de nós. 
  • A honra de Deus tem de tronar-se a obsessão da comunidade crista hoje. A honra não deve ir para as nossas organizações, as nossas denominações, o nosso modo de culto ou nossas igrejas particulares mas somente para Deus. 
  • Em ultima analise o nosso nome nossas organizações e nossos esforços são todos sem significado senão honram o nome de Deus. 
  • Deus supre as necessidades mas nem sempre os caprichos. 
  • todo pecado é mais ou menos detestável, dependendo da honra e da majestade daquele a quem ofendemos. Visto que Deus possui honra infinita, majestade infinitiva e santidade infinita, o menor pecado tem consequência infinita. 
  • Pessoas perdoadas perdoam outras pessoas. 
  • O desejo do perdão distingue o cristão. O incrédulo racionaliza seu pecado, mas o cristão é sensível a sua indignidade. A confissão toma uma parte significativa de seu tempo de oracao. 
  • Quando Deus nos promete que nos perdoará, nós insultamos sua integridade quando recusamos aceitar o perdão. Perdoar a nós mesmos depois que Deus nos perdoou é um dever, bem como um privilégio. 
  • A oracao é um exercício de paixão e não de indiferença. 
  • Se enchermos nossa mente com a palavra de Deus nossos gaguejos imprecisos se tornarão padrões inteligentes de louvor significativo. 
  • Vários livros recentes querem que creiamos que tudo que devemos fazer é seguir certos passos,e Deus nos dará tudo o que quer que peçamos. Isso não é oracao, é magica. O Deus soberano não pode ser manipulado, porque conhece os corações de todos que oram a ele. A verdadeira oracao pressupõe uma atitude de submissão humilde e adoração ao Deus todo Poderoso. 
  • A confissão é como uma declaração de falência 
  • Deus é o Elaborador da aliança, nós somos os transgressores da aliança
  • Precisamos fazer mais do que cantar “Graça admirável” - precisamos ficar constantemente admirados com a graça. 
  • Se nosso coração esta endurecido e um espirito de impenitência, nossas orações não são apenas fúteis, mas também um escárnio de Deus. 
  • Se há algo pior do que não orar, é orar em uma atitude indigna. 
  • O pecado orgulhoso quer Cristo e suas festas, Cristo e suas concupiscência, Cristo e sua própria obstinação. Aquele que é verdadeiramente humilde de espirito quer somente a Cristo, e fará qualquer coisa, e dará qualquer coisa para te-lo” Spurgeon
  • Deus não é um atendente celestial pronto a responder a nosso aceno e chamada para satisfazer nossos caprichos. Em alguns casos, nossas orações  devem envolver labuta da alma e agonia de coração, como o próprio Jesus experimentou no Getsmani. 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

MANTENDO A IGREJA PURA, Augustus Nicodemus


  • O julgamento que Jesus proíbe é o julgamento hipócrita, isto é, condenarmos os outros sem prestarmos atenção em nossos próprios pecados. 
  • A igreja é chamada não somente para o ministério da reconciliação, mas para o ministério da nutrição daqueles que estão dentro dos portões. Parte dessa nutrição inclui a disciplina da igreja. (R.C Sproul)
  • Quando igrejas evangélicas permitem que seus lideres vivam impunemente uma vida que desonra a Deus e mancha o evangelho, estão cometendo suicídio espiritual. Elas não estão sendo igrejas amorosas, graciosas e perdoadoras. Na verdade estão sendo um empecilho a obra de Deus. 
  • Quando o pecado permanece impune, corrompe as consciências, especialmente dos adolescentes e jovens. 
  • Numa igreja onde reina a impunidade, todos se sentem a vontade para transgredir. A exclusão de um membro que caiu em pecado não quer dizer que a igreja não seja feita de pecadores. Ela é composta de pecadores, mas de pecadores arrependidos, que vivem em constante estado de penitencia e arrependimento, que odeiam o pecado que vêem em si próprios, e que estão sempre dispostos a mudança de atitude e a assumir a responsabilidade e as consequências de seus atos. Pecadores que não estão dispostos a a se humilhar por causa de seus pecados não pertencem a igreja de Cristo. 
  • O próprio Deus, como o pai do filho pródigo, permite que as pessoas se apartem dele, quando elas estão realmente determinadas a ir embora, mas ele as deixa ir com lágrimas. (R C Sproul)
  • Quando a igreja deixa de receber e restaurar pessoas que foram disciplinadas e que mostram real mudança, está dando vantagem a Satanás. Os seus desígnios não nos são desconhecidos: ele quer destruir a igreja a Igreja de Cristo. Quando deixamos de receber de volta um irmão arrependido, estamos colaborando com o diabo para que isso aconteça. 
  • O faltoso que não se arrepende ainda permanece “ligado” ao seu pecado e sujeito as consequências
  • “Senhor, ajuda-me a abençoar aqueles que o Senhor de fato trouxe para cá, e ajuda-me a colocar para fora aqueles que o Senhor nunca chamou”



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A FORMAÇÃO DE UM DISCIPULO, KEITH PHILLIPS


  • Está claro também que esse método da o impulso do ministério de Jesus a vocação de todo cristão. É certo que não são muitos os chamado para pastorear uma grande congregação ou mesmo ensinar numa classe, mas todos são chamados participar na tarefa de fazer discipulos. Sua comissão não é um dom especial, é uma ordem. Todos os que crêem em Cristo não tem outra opcao, a não ser a obediência. 
  • Discipulo é o aluno que aprende as palavras, os atos e o estilo de vida de seu mestre com a finalidade de ensinar outros.
  • O discipulado cristão é um relacionamento de mestre e aluno baseado no modelo de Cristo e seus discipulos, no qual o mestre reproduz tão bem no aluno a plenitude da vida que tem em Cristo que o aluno é´capaz de treinar outros para que ensinem outros. 
  • “Siga-me” sempre tem sido uma ordem, nunca um convite.
  • Quando o jovem rico se recusou a vender tudo o que possuía para segui-lo, Jesus não foi correndo atras dele tentando conseguir um acordo. Ele nunca minimizou seu padrão. Jesus declarava apenas: “Quem me serve precisa seguir-me” Jo 12. 26
  • A obediência a ordem de Cristo “siga-me” resulta na morte de si mesmo. O Cristianismo sem essa morte é apenas uma filosofia abstracta. É um cristianismo sem Cristo. 
  • Não posso me tornar discipulo sem morrer. 
  • O discipulador sabe que a responsabilidade continua ate que seu discipulo chegue a maturidade espiritual, a capacidade de reproduzir. Ele investe grande parte do tempo no seu discipulo, dando toda a atenção as suas necessidades. Discipulado é reprodução de qualidade que assegura que o processo de multiplicação espiritual continuará de geração  a geração. 
  • Como todo cristão leva o nome de Jesus, não existe lugar para a mediocridade no discipulado. 
  • Ele (Deus) exige que sejamos discipulos de Cristo antes de nos usar para realizar sua obra. 
  • Talvez a maior dificuldade que voce tenha de enfrentar seja crer de fato que seu carater é mais importante do que sua capacidade ou suas habilidades. Tal ideia é tão incomum ao mundo que, mesmo depois de entregar-se a morte de si mesmo voce a achará estranha. 
  • A verdade era dolorosamente claro. É necessário ser medico antes de tratar dos doentes. É necessário ser advogado antes de advogar. Do mesmo modo, eu teria de ser como Cristo antes de realizar sua obra.
  • O carater cristão é construído por meio de minha disposição em sujeitar cada aspecto de minha vida a imagem de Cristo. 
  • A principal ocupação do discipulo deve ser que seu carater seja construído e multiplicado. 
  • Mas a vida crista baseia-se na obediência a apalavra de Deus, e não em seguir as emoções. 
  • Compromisso é ligar-se a uma pessoa, a um ideal ou a um alvo, não importam as consequências. Seu compromisso é um voto de estar unido a Cristo, a tornar-se um com ele, a colocar o futuro e a própria vida nas mãos dele. 
  • A maioria dos cristãos quer obedecer a Palavra de Deus mas querer não é suficiente. Querer é função das emoções e oscila com os sentimentos. O discipulo decide obedecer a Palavra de Deus. 
  • Se os pecados não fossem agradáveis, não seriam uma tentação. 
  • Quando há conflito entre a palavra de Deus e os sentimentos o discipulo resolve fazer o que Deus ordena. 
  • Quando estabelecemos condições para obedecer a Deus negamos completamente nossa confiança nele.
  • A autoridade exercida por alguém é determinada pela autoridade a qual essa pessoa se submete. 
  • O cristão que se recusa a submeter-se aos que tem autoridade sobre ele é como uma criança que fugiu de casa, que tentará se virar sozinha, mas sua sobrevivência estará seriamente ameaçada sem a supervisão de um adulto. Quem se priva da direcao espiritual de um orientador rejeita a provisão de Deus para o seu alimento e enfrenta um futuro incerto. A confiança é a forca do discipulo. 
  • Voce perdoa como gratidão a Deus pelo perdão das suas transgressões e não para merecer o perdão. O perdão aos outros demonstra que voce ja foi perdoado. 
  • Aceitar e conceder perdão quebram os muros que obstruem os relacionamentos. Quando não barreiras entre as pessoas, o amor de uns aos outros é a alternativa que resta. 
  • So poderemos realizar a plenitude de nossa humanidade em relacionamentos saudáveis. 
  • O cristão separado da cabeça pode parecer estar vivo por algum tempo.. Mas logo entrar em colapso, porque existe apenas um modo de obter alimento e direção da cabeça - é como parte do corpo. 
  • A biblia nunca fala da possibilidade de posição sem função. Tentar viver a vida crista sem um relacionamento pratico com o corpo é, no máximo, uma especulação arriscada. Consequentemente é prioridade para todo discipulo pertencer a um corpo cristão saudável, que funciona. 
  • A maior parte da desunião no corpo é baseada no orgulho. 
  • A constância na vida de oracao do discipulo é como a resistência na vida de um corredor fundista. Não há atalhos que encurtem o caminho. É atingida mediante um período extenso  de pratica diária. Mas, se não usar essa resistência, voce a perde. Quando voce para por algum tempo, não pode recomeçar no ponto em que parou.
  • Nenhum cristão maduro se contenta com esterilidade espiritual. 
  • Existe alguma pessoas andando hoje com Deus e investido em outros a plenitude de vida que tem em Cristo como resultado do ministério que voce tem servido? Um homem? Uma mulher? Se a resposta for não, voce não tem dado fruto.
  • Um discipulo que funciona é mais valioso para a edificação da igreja do que uma multidão de cristãos carnais. Resista a tentação de se envolver tanto no trabalho cristão que chegue a negligenciar as coisas do Reino. Reordene suas prioridades a luz da comissão de Cristo de fazer discipulos. 
  • O discipulado é um trabalho árduo.
  • Não tenha receio de exigir um alto padrão. 
  • Cristo chamou seus discipulos mas antes de começar a treina-los, eles tiveram de segui-lo. 
  • Ele precisa saber que a liderança que voce tem é provada por seu compromisso e carater, e não por cursos e habilidades. 
  • O discipulo não hesita em compartilhar tristezas e fraquezas. Ele não tenta proteger-se escondendo quem é. Voce não pode levar os fardos de seu discipulos a não ser que ele os compartilhe. 
  • Nenhum discipulo é um fim em si mesmo, mas sim um elo no grande plano de Deus para expandir sua igreja por meio da reprodução.
  • O sucesso é reproduzir a plenitude da vida que voce tem em Cristo no seu discipulo aumentara ou diminuirá conforme a forca do relacionamento. 
  • O discipulo é uma migo e não um projeto espiritual. 
  • É injusto exigir ou mesmo esperar igualdade no entendimento bíblico, na retenção das escrituras ou no desempenho do ministério. Cada pessoa é criação inimitável de Deus e deve ser tratada como única. 
  • Se voce tenta dirigir o seu discipulo com um plano inflexível predeterminado, será um desastre, Se tentar faze-lo encaixar-se num molde desejado, ficara desapontado.  A imparcialidade exige que voce respeite a singularidade do seu discipulo e tenha prazer na variedade que existe no corpo de Cristo. 
  • Quando voce obedeceu a ordem de Cristo de segui-lo, confiou a ele o direito de determinar sua própria agenda. 
  • Ele (Jesus) nunca estava ocupado demais ou cansado demais para suprir-lhes as necessidades. 
  • A paciência compele-nos a estender a graça a nosso discipulo sem comprometer o padrão de Deus. É a prevenção contra a amargura. A paciência é a marca registrada do discipulador. 
  • Não espere que ele (discipulo) seja perfeito, apenas que seja honesto e sincero. 
  • As pessoas não conseguem desempenhar bem sob pressão constante e premente.
  • Um relacionamento forte é inseparável do discipulado bem sucedido. 
  • Você é apenas uma boca, Não de suas opiniões ou sugestões. Se voce não puder dizer - “Assim diz o Senhor”, então não o diga. Mas, se a biblia declara uma coisa e voce tem medo de dize-la, então voce não ama a pessoa. 
  • Mantenha equilíbrio entre confronto e encorajamento. 
  • Discipulado é reproduzir no outro sua experiência do envolvimento com Cristo em sua vida.
  • E o cristão salgado faz que os homens tenham sede de Deus. Contudo, se o sal for insípido, não serve para nada.
  • O cuidado que voce tem pelos outros é a medida da sua grandeza. 
  • A fé olha alem das circunstancias para um Deus que não muda.
  • A utilidade de seu discipulo para Deus depende totalmente do compromisso dele com a pureza. (2Tm 2.21)
  • Fazer discipulo é um processo que começa com ser modelo. O carater é transmitido, e não ensinado.