quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

LIVROS QUE LI EM 2014 :













































quarta-feira, 29 de outubro de 2014

NOTAS DE LEITURA - A IGREJA DESVIADA, Charles Swindoll


  • Quando a igreja se torna um centro de entretenimento, a alfabetização bíblica geralmente se torna umas das primeiras vitimas. Após o culto as pessoas voltam para casa com um sorriso no rosto, mas com um vazio na vida. 
  • O pós-modernismo prospera no caos, seu desejo consiste em destruir todo critério moral e substituir por critério nenhum. Ele deseja um mundo onde tudo é relativo, onde nao existe nenhuma verdade e a única realidade é a percepção. Considerando que a verdade eterna de Deus nao tem lugar em um mundo nesses moldes, temos observado, a partir das ascensão do pos-modernismo, um equivalente declínio do conhecimento bíblico. 
  • O mundo está a espera de uma voz legitima, a voz de Deus, não um eco do que outros estão fazendo e dizendo, mas uma voz autentica. (Tozer) 
  • Com efeito, a estrada mais segura para o inferno é aquela ladeira gradual e suave de chão macio, sem curvas acentuadas, sem marcos de quilometragem e sem placas de sinalização. (C.S Lewis) 
  • Por que estudar a origem da igreja? Porque fazendo isso encontramos as intenções de Deus. Nosso entendimento e aplicação do que a igreja deve ser sofrerá corrosão se deixarmos de examinar essa questão e de nos concentrar em seu fundador e seus fundamentos. 
  • O ensino da verdade de Deus produz na igreja raízes profundas que fornecem alimento e estabilidade. 
  • Não existe igreja sem esses quatro elementos essenciais registrados em Atos 2.42
  • Para mim, igreja que trabalha é igreja que cresce. Entretanto, atente para a sequência dessa afirmação , pois uma igreja que cresce não necessariamente é uma igreja que trabalha. 
  • A razão de nossa existência como comunidade crista pode, de alguma forma, se perder em meio a correria moderna e as prioridades confusas. Isso acontece o tempo todo. A igreja passa a se concentrar em construções e programas, cadeiras estofadas e estacionamentos, corais e ofertas, funcionários e placas e.... Se não tomarmos cuidado, a distracção com o crescimento numérico e o esforço para sustentar esse crescimento nos levarão a negligenciar as coisas mais importantes. Quando isso ocorre, nossos valores, nosso propósito e nossos objectivos desaparecem. 
  • No inicio a igreja era uma comunidade de homens e mulheres centradas em no Cristo vivo. Então, a igreja mudou-se para a Grécia, onde se tornou uma filosofia. Em seguida mudou-se para Roma, onde se tornou uma instituição. Depois mudou-se para a Europa, onde se tornou uma cultura. Por fim, mudou-se para o continente americano, onde se tornou uma empresa. (Richard Haverson)
  • Todo pastor corajoso que fala a verdade está sob pressão. Ele vive sob a mira do adversário, cujo desejo é nada menos que arruinar sua reputação ou de preferência destruí-la. 
  • Onde Deus estiver agindo, esteja certo de que o inimigo ali estará igualmente atarefado. 
  • Em nossa cultura pós-moderna na qual a importancia do pecado é minimizada, Deus é humanizado e o homem deificado, não me surpreende quando as pessoas fazem cara feia e perguntam - “Como um Deus santo e amoroso pode fazer uma coisa dessas? 
  • Deus leva a sério assuntos que envolvem honestidade. Será que nos esquecemos disso? 
  • Sua integridade pessoal não é assunto de foro intimo, uma vez que, como cristão, voce é representante de Cristo. Voce vive para honrar o nome dele e a reputação de sua igreja. Não é possível transigir sobre sua integridade sem causar prejuízo aos demais. É preciso ter em mente que a igreja é um corpo se uma parte sofre, todos sofrem. 
  • O adversário jamais desistirá de atacar e se possível destruir a igreja. Tenha isso sempre em mente. Sabemos que ele não pode destruir a igreja por completo, pois Cristo prometeu que as portas do Hades não poderão vence-la. Entretanto, Satanás avançará o máximo que puder. 
  • A oração deve ser prioridade entre a liderança de nossas igrejas, tanto na minha igreja quanto na sua. 
  • A oração é interferência radical no estado das coisas. 
  • Deus não imita o sistema do mundo. Pelo contrário, ele nos orienta a caminhar em outra direção, para um estilo de vida que, embora descompassado em relação ao mundo, nunca se distancia das pessoas que estão no mundo. 
  • Não é o barco na agua, mas a agua no barco que faz o navio afundar. Do mesmo modo, não é o cristão no mundo, mas o mundo no cristão que constitui o perigo. 
  • A igreja primitiva não pediu que Deus abençoasse suas estratagemas . A igreja não precisa de artifícios para atrair as pessoas. Antes precisa ensinar as verdades bíblicas com consistência, pregar com ardor e viver com autenticidade. 
  • Crescimento numérico não é necessariamente a prova das bênçãos de Deus. Ao contrário, pode revelar erros, pode reflectir um ministério que produz coceira nos ouvidos  ao entregar as multidões aquilo que querem ouvir e nao aquilo que precisam ouvir. 
  • Que ambiente favorece o comparecimento da comunidade? Não é somente o prédio, o sistema de som ou a musica. Não é nem mesmo a pregação. Repito o que torna a igreja contagiante é o contexto. E esse contexto são as pessoas. 
  • Sacrificar os fundamentos da doutrina, da comunhão, do partir do pão e da oração no altar da estratégia, da criatividade, do entretenimento e da relevância é abandonar as principais razoes da existência da igreja. Precisamos edificar sobre esse fundamentos em vez de tentar substitui-los. 
  • A igreja perderá seu magnetismo no dia em que deixar de ser forte na graça. 
  • O fortalecimento na graça sempre começa com a liderança. 
  • O ímpio nao precisa encontrar na igreja o mesmo mundo que encontra fora dela. A igreja não está competindo com o mundo. Jesus não é uma marca. 
  • A igreja se torna um lugar de mentoria, quando paramos de enxergar as pessoas como números de relatório e entrada de dízimos. Ao contrario, enxergamos as pessoas como oportunidade de participar da edificação da vida de cada uma. 
  • Para dizer a verdade, a arrogância nao sobrevive ao aconselhamento. 
  • As bênçãos de Deus repousam sobre ministérios que permanecem activamente engajados em servi-lo. 
  • Se não estou enganado, essa é a única passagem na Biblia na qual se diz que Deus procura alguma coisa em nós. 
  • Uma vez que Deus procura nossa adoração, é lógico supor que a igreja deve ser tanto um lugar de adoração como um lugar que produz adoradores. 
  • Não há nada errado em cantar novos cânticos, mas precisamos ter certeza de que as canções que compomos e cantamos exprimem uma doutrina sólida e não filosofias centradas no ser humano. 
  • Quando uma preferencia pessoal prevalece em detrimento de uma prioridade bíblica, o culto a Deus se torna vão e sem sentido, uma vez que o indivíduo cultua a si mesmo. 
  • Como consumidores em uma sociedade consumista, queremos que o culto seja uma manifestação de nossos estilos musicais e nossas preferencias pessoais, que reflita nossos gostos e desagrados, nossas satisfações e preconceitos,. Quando isso nao acontece, cruzamos os braços e balançamos a cabeça, convencidos de que algo está errado. O erro, entretanto, está em nosso coração. Isso é o que precisa mudar.
  • Respeitar os pais é perdoa-los, mesmo que eles não peçam perdão. 
  • "A Tolerância é a virtude do indivíduo sem convicções." G.K Chesterton
  • Satanás odeia tudo que o povo de Deus ama. Ele odeia nosso casamento cristão e fará tudo o que estiver ao seu alcance para 
  • Cristo está construindo sua igreja justamente para esse propósito. Uma igreja desperta é uma influencia poderosa e efectiva em um mundo que se perdeu, 
  • As igrejas que pregam mensagens superficiais de auto-satisfação recheadas de entretenimento não tem como preparar voce para as más noticias de um diagnostico de câncer, uma ligação da policia informando que seu filho sofreu um acidente de automovel ou um aviso inesperado de divorcio do seu cônjuge. 
  • As vezes o melhor incentivo para permanecer firme na ƒé é resgatar a memória de um mentor fiel. 
  • “Vivemos em uma época que se desviou do padrão moral salutar para uma ênfase indiscriminada e irreflectida na tolerância. Os padrões bíblicos vem sendo substituídos pela noção de “politicamente correcto”, criminosos estão sendo defendidos com mais entusiasmo que as vitimas.”
  • Talvez meu conselho as igrejas que enfrentam tempos difíceis - a saber, para que renovem o compromisso com a palavra inspirada de Deus - pareça simplista. Quer dizer...É só isso? E os sete princípios infalíveis para uma boa liderança? E as 25 maneiras de...Op, esperei ai! Isso é linguagem de marketing, jargão de consumo. São essas coisas que tornam a igreja em um negocio com uma cruz espetada em cima. Não é isso o que Jesus está construindo. 
  • ...a igreja nunca estará livre de ataques, nem mesmo em períodos de paz. É só quando nos sentimos seguros e quando relaxamos e nos tornamos indiferentes que a igreja começa a erodir.
  • O que erodiu na igreja de Efeso? Não foi a doutrina nem as boas obras, mas a devoção a Jesus. 
  • No final das contas, não é a igreja que sofre erosão, são as pessoas. As igrejas apenas refletem a vida e as convicções dos indivíduos que compõem o corpo de Cristo. 
  • A verdadeira narina cristã deve estar continuamente atenta a fossa interior. (C.S Lewis) 
  • Em palavras menos eloquentes “precisamos cheirar nosso próprio fedor!” pois todos nós somos depravados, egoístas e atraídos pelas coisas que o mundo tem a oferecer. 
  • Um dos problemas dos cristãos evangélicos, especificamente os norte-americanos é o fato de geralmente nos isolarmos em redomas cristãs. Com isso quero dizer que vivemos em um ambiente rodeado de coisas cristãs: jargões, amigos, livros, actividades, lanchonetes, estereótipos, música, lojas, adesivos. O que virá a seguir? Abastecer o carro com gasolina cristã. Ou seja, tudo ao nosso redor são coisas cristãs. E qual o perigo? Em breve tudo isso pode nos fazer perder nossas características originais, levando-nos a desenvolver uma mentalidade mecânica em relação as coisas espirituais. Começamos a simular actividades religiosas ao mesmo tempo em que abandonamos as vivência da verdade. Quando isso ocorre, deixamos de levar Deus a sério. A erosão se instala, abandonamos nosso primeiro amor. 
  • A maior parte de nossas actividades espirituais não passa de anestésico barato para amortecer a dor de uma vida vazia. Lewis Serry Chafer
  • A familiaridade pode gerar desprezo até mesmo diante do altar de Deus. Que coisa tenebrosa quando o pregador se acostuma com seu trabalho, quando seu senso de admiração desaparece, quando se habitua ao extraordinário, quando perde o temor solene na presença do Deus Altíssimo, quando falando em termos mais directos, fica um pouco entediado com Deus e com as coisas espirituais.
  • Em uma guinada assustadora, a pregação da cruz é considerada hoje loucura não apenas para o mundo, mas também para a igreja contemporânea.
  • A verdade bíblica é que nao existem igrejas cheias de sucesso. Pelo contrário, o que há são comunidades de pecadores, reunidos semana após semana perante Deus em cidades e vilarejos por todo o mundo. O Espirito Santo os reune e trabalha neles. Nessas comunidades de pecadores, um é chamado pastor e se torna responsável por manter todos atentos a Deus. E é essa responsabilidade que tem sido completamente abandonada. 
  • A tarefa da igreja, entretanto, não é reunir buscadores, mas fazer discipulos. 
  • Se alguém nao estiver preparado para pagar um alto preço, maior do que seus contemporâneos e colegas estejam dispostos a pagar, não deverá aspirar a liderança no trabalho de Deus. A verdadeira liderança exige custo elevado, a ser cobrado do líder e, quanto mais eficiente a liderança, maior o custo. 
  • Quanto maior o tempo de ministério de uma pessoa, maior sua capacidade de realizar tarefas de um modo cada vez mais fácil e mais rápido do que no inicio, de maneira que não demora muito a surgir os sintomas do tédio e daquela rotina monótona a qual a igreja de Efeso sucumbiu depois de várias décadas, 
  • As disciplinas espirituais tem um papel fundamental no despertar da igreja. Precisamos combinar mente esclarecida e coração afectuoso. A doutrina sempre deve ser balanceada com a devoção. 
  • Estou convencido de que, a partir do momento em que despertarmos para o nosso santo  e elevado propósito, Deus compensará os anos que os gafanhotos devoraram. 





quinta-feira, 21 de agosto de 2014

NOTAS DE LEITURA - RETORNO Á HISTORIA DO PENSAMENTO CRISTÃO, J. GONZALEZ

Se a Reforma protestante do século XVI nos ensinou algo, foi a necessidade de retomar constantemente às fontes de nossa fé. Os reformadores descobriram em seus estudos das Escrituras que, de muitas formas, a fé recebida de seus antepassados havia se esquecido de alguns dos elementos básicos da fé bíblica e deturpado outros. Quando anunciaram suas descobertas, foi-lhes respondido que o que diziam se opunha à tradição da igreja.

  • Não é a palavra de Lutero que permanece para sempre, mas a Palavra que Lutero estudou e procurou expor e proclamar. Não existe tradição humana alguma que possa conter essa Palavra nem se equiparar a ela.
  • A igreja vive da Palavra de Deus, como Israel no deserto vivia do maná cotidiano. Quando a igreja deixa de se alimentar dessa Palavra, simplesmente deixa de ser a igreja.
  • Portanto, a grande tarefa que se impõe à nossa geração — a tarefa que se impõe sempre a cada geração cristã — é nos aproximar novamente das Escrituras para descobrir o que Deus tem a nos dizer hoje nelas.
  • O passado, não importa o quanto nos esqueçamos disso, continua vivendo em nós e contribui para determinar o que somos e o modo como somos.
  • ...todos lemos a Bíblia através de óculos que nos foram legados por nossa tradição, e da cor de suas lentes depende grande parte do que podemos ou não enxergar nas Escrituras.
  • Quem não conhece sua própria história não sabe por que é como é e, portanto, não tem a liberdade de ser de outro modo. Quem, ao contrário, começa a compreender por que é de certo modo começa também a descobrir a possibilidade de ser diferente.
  • Além disso, a filosofia foi a aia dada por Deus para conduzir os gentios a Cristo, do mesmo modo que Deus deu as Escrituras aos judeus com o mesmo propósito'^ Orígenes concorda com Clemente em tudo isso e, portanto, sustenta que sua tarefa como teólogo consiste em descobrir e manifestar a concordância entre a filosofia e a fé cristã.
  • Em termos gerais, a teologia de Tertuliano não olha para o futuro, a não ser para esperar dele o regresso à ordem original da criação, que se repetirá agora nas mansões celestiais. Em outras palavras, visto que o estado original era uma ordem perfeita, esse estado era o propósito final de Deus e tudo o que aconteceu desde então se deve ao pecado.
  • Esses três elementos: Deus como juiz e legislador, a criação como uma ordem perfeita e completa, e o pecado original como algo que herdamos, são as contribuições de Tertuliano para os temas que estudamos no presente capítulo. Seu impacto na história do pensamento cristão ocidental foi tamanho que, até os dias de hoje, a maioria de nós supõe que esse seja o único modo como o cristianismo ortodoxo pode abordar esses temas. No entanto, ao estudar os outros dois tipos de teologia, veremos que há outras perspectivas, particularmente no tipo C, que podem ser muito úteis em nossos esforços para entender a mensagem da Bíblia e relacioná-la com nossa situação presente.
  • Nossas palavras não podem descrever Deus, nem mesmo se aproximar de tal descrição; portanto, o único modo de se falar da divindade é dizer aquilo o que Deus não é: Deus não é mortal, não é finito, não tem limite, não sofre mudança. Ou, usando a linguagem teológica mais tradicional, Deus é imortal, infinito, ilimitado, impassível, etc.
  • É melhor, portanto, [...] não ter conhecimento algum sobre a razão pela qual uma única criatura foi feita, mas crer em Deus e andar em seu amor. Isso é melhor do que inflar-se com tal conhecimento e perder o amor que é a própria vida do ser humano.
  • não é como Deus criou o mundo, mas o fato fundamental de que o mundo todo é criação de Deus.
  • Em suma o ser humano foi criado bom —^mas não no sentido de que estivesse completo e terminado, e sim porque o Verbo encarnado serviu de modelo para sua criação. Nossos primeiros pais tinham a capacidade de crescer e, assim, de se parecer cada vez mais com o Verbo, até que finalmente pudessem desfrutar de comunhão íntima com o Criador^’.
  • ́ possível dizer que a história do pensamento cristão é a história da interpretação bíblica. Depois de estudar o uso das Escrituras em cada um de nossos três tipos de teologia, o leitor poderá voltar ao que dissemos anteriormente sobre diversas doutrinas, como a criação, o pecado original, a igreja, etc., e ver de que forma elas se relacionam com a interpretação bíblica de cada um de nossos teólogos.
  • Justamente aqui se encontra o ponto fraco da interpretação alegórica: como é o intérprete que determina o simbolismo que deve ser achado nas Escrituras, o próprio intérprete também determina, por meio de sua própria seleção de símbolos, o que a Escritura deve dizer. Tal interpretação se assemelha ao mágico que introduz um coelho na cartola sem que ninguém o veja, para depois o tirar em meio ao assombro e admiração de todos. Quando se chega a esse ponto, o texto bíblico é reduzido à categoria de espelho no qual o intérprete enxerga sua própria imagem. Eis aí a razão pela qual o filósofo Orígenes encontra na Bíblia uma mensagem muito parecida com os ensinamentos dos filósofos platônicos’‘^
  • Deus vem levando seu povo para a consumação final. Por conseguinte, há progresso nas Escrituras. A Bíblia não é uma série de verdades eternas, pronunciadas do alto por Deus, mas sim o testemunho de como a Palavra — o Verbo — de Deus vem dirigindo a humanidade a cada passo.
  • Um tema vai se repetindo em diversos fatos em diferentes épocas,
  • justamente porque a história humana é uma única história, mas, ao mesmo tempo, vai variando porque a história vai avançando e os propósitos de Deus vão se cumprindo.
  • O que é bom para a sociedade não é decidido por uma elite filosófica ou intelectual, mas foi determinado pela vontade de Deus.
  • Essa é a tarefa da teologia apologética. A teologia do tipo B é essencialmente apologética. Tanto Clemente quanto Orígenes escreveram obras importantes dirigidas a pessoas cultas que des prezavam a fé cristã com o propósito de mostrar-lhes que estavam erradas, já que o cristianismo era a “verdadeira filosofia”. Até mesmo os escritos de Clemente e de Orígenes que não são apologéticos em sentido estrito têm as mesmas características, pois neles vemos a fé tentando convencer a si mesma de que é intelectualmente respeitável — razão pela qual poderíamos chamar de “apologética interna” esse tipo de teologia.
  • A ponte apologética que numa direção pode conduzir os incrédulos à fé também pode ser transitada no sentido contrário e levar os crentes à apostasia!
  • Depois da conversão de Constantino, e conforme o império e a igreja foram se combinando, foi fortíssima a pressão em favor dos dois primeiros tipos de teologia (A e B) e contra o terceiro (C). Em geral, tal pressão não era explícita nem consciente. Mas, a partir de suas perspectivas sociais e econômicas, os poderosos procuravam uma versão do evangelho que fosse compatível com seus privilégios e com seu poder. Mesmo entre os que não eram poderosos, houve uma forte tendência a se alegrar porque o Império agora estava disposto a aceitar o que até pouco tempo antes era a fé de uma minoria débil e perseguida — mesmo que essa aceitação exigisse uma certa reinterpretação e adaptação da fé cristã.
  • Como alguém já disse, “o movimento cristão era revolucionário, não porque tivesse o pessoal e os recur sos para entrar em guerra contra as leis do Império Romano, mas porque criava um grupo social que produzia suas próprias leis e seus próprios padrões de comportamento”’.
  • as perspectivas e os interesses políticos e sociais se revestem de posturas teológicas e filosóficas.
  • A iniciativa cabe à graça. A graça atua antes de nós e, depois, coopera conosco. Por isso se disse com toda a razão que, de acordo com Agostinho, a salvação é por graça.
  • Em 1300, Bonifácio VIII ofereceu indulgência plenária aos peregrinos que fossem a Roma por ocasião do jubileu daquele ano. Já nessa época, as indulgências começavam a perder seu caráter comutativo, tomando -se, antes, uma simples absolvição que a igreja concedia aplicando o tesouro dos méritos ao pecador que recebia a indulgência®. A partir de então, as indulgências continuaram a ser concedidas em troca de donativos, e daí surgiu a prática de vendê-las contra a qual os reformadores do século XVI protestaram.
  • coube a Lutero viver num tempo em que a autoridade da igreja começara a se deteriorar. Não foi ele que destruiu essa autoridade, mas a dúvida sobre essa autoridade, dúvida que já estava na atmosfera, foi o que o obrigou a procurar em outro lugar a segurança de sua própria salvação.
  • A Palavra de Deus é Deus mesmo em sua ação criadora e redentora. Quando Deus fala, essa Palavra já é ação divina, como se pode ver tanto no Gênesis quanto no prólogo do Quarto evangelho. A Palavra de Deus não nos dá meras informações, mas é um poder que cria novas realidades. Jesus é Palavra de Deus porque nele Deus fala e age; porque ele é Deus atuando em favor de nossa salvação. A Bíblia é Palavra de Deus não porque seja uma legislação infalível, ou um manual de verdades filosóficas, mas porque nela nos encontramos com Jesus Cristo, que é a Palavra viva de Deus. Essa é a Palavra que vence todos os poderes do mal. Ele é a Palavra que é a ação criadora e libertadora de Deus.
  • Para o reformador, o batismo não é apenas o começo da vida cristã, a lavagem dos pecados anteriores à administração do rito. Ao contrário, o batismo é o signo sob o qual acontece toda a vida cristã'*. O fato de ser batizado, assim como o de ser justificado, não é simplesmente algo que ocorreu no passado, de forma que agora seja preciso se virar sozinho. O batismo é válido ao longo de toda a vida, porque nele morremos e somos ressuscitados com Cristo. Quem vê o valor do batismo unicamente com respeito ao pecado passado não percebe toda a sua importância. O batismo, assim como o nascimento, é parte de toda a vida. Não é necessário dizer que, desta perspectiva, em marcante contraste com a teologia do tipo A, os pecados pós-batismais não representam um problema maior do que os cometidos antes do batismo e que, portanto, não há espaço para o sistema penitencial nem necessidade dele.
  • O movimento missionário teve êxito. E é justamente porque teve êxito e há agora igrejas estabelecidas em quase todos os cantos da terra que é necessário procurar novos padrões para a missão.
  • os metodistas estão preocupados porque seu crescimento não ultrapassa os 5% ao ano. Enquanto isso, em toda a superfície do globo surgiram igrejas autóctones, muitas delas com uma taxa de crescimento surpreendente.
  • Tanto nessas novas igrejas quanto nos velhos centros do Atlântico Norte, todas essas circunstâncias levaram muitos cristãos a se interessar uma vez mais pela vida da igreja em seus primeiros séculos, quando ela não tinha nem esperava apoio algum por parte do Estado, da sociedade ou da cultura circundante. Assim, por exemplo, os cristãos de hoje se perguntam como comunicar os valores e as tradições de sua fé às novas gerações em meio a uma sociedade em que já não se pode contar com o apoio de antes — quando, por exemplo, a Bíblia era estudada nas escolas. Do mesmo modo, outros cristãos examinam o culto e a vida da igreja nos primeiros séculos, para ver que pistas para este século XXI há neles. E, como espero mostrar mais à frente, tudo isso também criou entre os cristãos uma maior abertura para formulações teológicas do tipo C — tipo que dominou a vida da igreja nos primeiros séculos e começou a declinar justa mente com o início da era constantiniana.
  • cada vez maior o número de crentes que se encontram em situações semelhantes às que existiam antes de Constantino. O mero fato de se chamar de cristão ou de ser líder da igreja não representa mais um motivo de respeito como era antes. A igreja não pode contar mais com a escola pública ou os costumes da sociedade para transmitir os valores cristãos e inculcar nas novas gerações uma visão cristã da vida e do mundo. É cada vez maior o número de cristãos que vivenciam uma forte tensão entre suas convicções e as realidades do mercado e do trabalho. Muitos simplesmente se dão por vencidos ou decidem que sua fé é uma questão privada e interna, que pouco tem a ver com sua vida social e econômica. Mas outros continuam se confrontando com essa tensão e atingem, assim, uma visão mais profunda de sua fé cristã
  • Quando os teólogos da libertação se referem ao racismo, ao sexismo ou ao neocolonialismo, não estão se referindo apenas à soma das atitudes dos racistas, sexistas ou neo- colonizadores. Referem-se a tudo isso como manifestação do Mal, com inicial maiúscula — o Mal cujo funcionamento nem sempre é misterioso, mas cujo poder sem dúvida o é.
  • Tanto os historiadores da liturgia quanto os da teologia sabem há muito tempo que existe uma relação estreita entre o culto e a doutrina, entre o modo como a igreja adora — lex orandi — e o que a igreja crê — lex credendi. A adoração expressa as crenças, mas também as afeta.
  • Tanto o batismo quanto a eucaristia sugerem agora uma visão que combina a alegria da fé cristã com um reconhecimento sóbrio do poder do mal, de que a ordem presente não é o reino de Deus, de que os cristãos ainda são conclamados a lutar em um mundo que ao contrário do que se podia pensar durante a era constantiniana  ainda é hostil à mensagem do evangelho. Regozijamo-nos com Cristo, porque ele ressuscitou; e com ele sofremos, porque ainda não retornou.
  • Quem entende a fé cristã em termos de lei, dívida e paga mento não verá muito valor numa celebração da “festa alegre do povo de Deus”, a não ser que suas próprias perspectivas teológicas sejam transformadas.
  • E quanto ao médico que se queixava de que, em meio às decisões sem precedentes que tinha de tomar, nem o fundamentalismo aprendido na escola dominical nem o liberalismo aprendido na universidade tinham grande serventia para ele? Sua perplexidade se deve à ausência de pontes entre sua fé e um mundo no qual constantemente tem de se deparar com as maravilhas das novas tecnologias e a possibilidade de abusar delas. Talvez o ajudasse uma perspectiva teológica que lhe permitisse ver a ação de Deus na história e nos avanços tecnológicos, sem perder de vista a dimensão demoníaca sempre presente na história humana — inclusive na tecnologia.
  • A medida que as chamadas teologias “contextuais” vão se multiplicando e desenvolvendo, vai ficando cada vez mais claro que toda teologia é contextuai e que, portanto, nenhuma tem o direito de se considerar universal.




quinta-feira, 31 de julho de 2014

NOTAS DE LEITURA - CREIO, Alister McGrath


  • A fé, na verdade, é “adquirida, não ensinada”, mas ela vai alem de confiar em Deus. Uma fé que permanece nesse nível é imatura e superficial, vulnerável a duvida e pouco útil para a evangelização. 
  • Como essa palavra indica, trata-se de uma declaração de fé. É uma tentativa de resumir os pontos principais daquilo em que os cristãos crêem. 
  • O credo apostólico é um resumo excelente dos ensinos dos apóstolos acerca do evangelho, apesar de não ter sido de fato escrito pelos apóstolos. 
  • O crente, contudo, não se limitava a recitar um credo. Antes de ser baptizado, cada indivíduo era indagado se ria pessoalmente no evangelho. 
  • Em nossos dias, os credos tem três finalidades princípios. Em primeiro lugar, eles oferecem um breve resumo da fé cristã. Ninguém se torna cristão por recitar um credo, mas o credo apresentar uma boa síntese dos principais pontos da fé pessoal. 2. Permiti-nos reconhecer e evitar versões incompletas ou insuficientes do cristianismo. 3. Ressalta que crer é pertencer. 
  • A tradução portuguesa “Creio em Deus” poderia significar apenas “Na minha opinião existe um Deus”, quando, na verdade, tem o objectivo de expressar uma declaração bem mais vigorosa: “Eu deposito minha confiança em Deus”. Sem duvida compartilho da opinião de que Deus existe, mas fé é mais do que isso. 
  • A fé diz sim a Deus. É uma decisão, um ato deliberado de confiar em Deus. 
  • Os cristãos nao apenas crêem - eles crêem em alguém. 
  • Ter fé não é apenas acreditar que Deus existe, mas também é estar ancorado a esse Deus e sentir-se seguro por isso. Não importa que tempestades a vida traga, a ancora da fé nos mantém firmes em Deus. 
  • A fé não se resume a crer em Deus, mas implica confiar nele e permitir que ele assuma o controle sobre nós e nos transforme.
  • Quando se trata de Deus, a razão tropeça em dificuldades. 
  • Por fim, não se esqueça de que “todo-poderoso” não significa dado a caprichos ou arbitrário. As escrituras ressaltam a fidelidade de Deus. Quando faz uma promessa, Deus a cumpre. 
  • A criação é o palco em que se encena o grande drama da redenção. 
  • Para desenvolver nosso potencial de seres humanos, precisamos nos relacionar com Deus. Sentimo-nos insatisfeitos e incompletos enquanto não começamos a nos relacionar com o Deus que nos criou e redimiu. 
  • O pecado afecta tanto nosso modo de tratar o ambiente quanto nossa atitude em relação a Deus, as outras pessoas e a sociedade como um todo. 
  • Quanto mais satisfeitos estivermos em Deus, mais Deus será glorificado em nós. 
  • A essência da fé crista é uma pessoa, não um conjunto de conceitos ou crenças abstractas. 
  • Em Jesus, a mensagem e o mensageiro são uma só e a mesma coisa. 
  • Voce ja deve saber que o peixe se tornou símbolo da fé para os primeiros cristãos porque as cinco letras que formam a palavra “peixe” em grego representam o lema “Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador”. 
  • Crer que Jesus é o Senhor, portanto, implica mais que crer que ele tem autoridade sobre nós, é uma afirmação directa e cabal da divindade de Jesus Cristo. Declarar que Jesus Cristo é o Senhor é proclamar que ele é igual a Deus. 
  • O modo que Jesus foi concebido confirma o que a crucificação e a ressurreição declaram: que Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. 
  • Reconhecer que Jesus é o Senhor implica procurar fazer sua vontade. 
  • Jesus Cristo, conforme nos atestam as sagradas Escrituras, é a única Palavra de Deus que devemos ouvir, e em quem devemos confiar e a quem devemos obedecer na vida e na morte. Rejeitamos a falsa doutrina de que a igreja teria o dever de reconhecer alem da palavra de Deus e independentemente dela ainda outros acontecimentos e poderes, personagens e verdades como fontes da sua pregação e como revelação divina. (Declaração de Barmem) 
  • Se a igreja algum dia perder sua obediência e lealdade ao Senhor terá perdido a vida e a alma. 
  • Quando oramos nessas situações, não precisamos explicar a Deus o que estamos sentido - ele já sabe. 
  • A referencia a Pilatos dá ao Credo firme alicerce na história. 
  • A doutrina da encarnação ensina que Deus desceu ao nosso nível para nos elevar ao dele. 
  • Deus desceu do céu a terra para nos encontrar e nos levar para casa. O evangelho não se resume a ideias, tem a ver com Deus agindo e continuando sua ação na historia. 
  • O pecado penetra tão profundamente na natureza humana que chega perto de destruir nossa capacidade de reconhecer a Deus quando ele está em nosso meio.
  • Deus sofreu em Cristo, tomando sobre si o sofrimento e a dor do mundo que ele criou. 
  • O cristianismo não diz respeito ao simples aspecto histórico da crucificação de Jesus, mas, sim, a assombrosa e comovente verdade de que ele morreu para que fossemos perdoados. 
  • Cristo ter morrido é uma simples questão da historia, ele ter morrido por nossos pecados é o próprio evangelho. 
  • Não há espaço para uma fé que, de tão voltada para o céu, se torna inútil na terra. Não há ressurreição sem sofrimento e cruz. 
  • Não existe graça barata, nao há atalho para a salvação. Onde não há cruz, também não há ressurreição. 
  • Ele se fez um “homem de dores” para que pudéssemos participar do mistério da morte e da ressurreição. 
  • Deus sabe o que é ser humano.
  • Se Deus nos pede que soframos em seu nome, é porque já sofreu em nosso lugar. 
  • Pensar na primeira Sexta-feira da Paixão, portanto deixa claro que experiências e sentimentos de inseguranças podem servir de guias para a presença de Deus. 
  • Confie nas promessas que Ele fez - não nas emoções que voce sente. 
  • Sócrates pode nos ter ensinado a morrer com dignidade, mas, depois de Jesus Cristo, os seres humanos são capazes de sofrer e morrer com a esperança verdadeira. 
  • Fé na ascensão nao significa menos interesse pelo mundo. Significa, sim, um compromisso renovado com o mundo e com novos recursos para atender suas necessidades e cuidados. 
  • Pela ressurreição, Jesus rompeu as barreiras do tempo e do espaço, permitindo-se estar ao alcance de todos . 
  • Nossa atitude em relação a Jesus define nossa atitude em relação ao Pai. 
  • A fé que justifica é uma fé obediente, transformadora e confiante.
  • Deus põe seu Espirito em nosso coração como um adiantamento. É uma demonstração de que somos propriedade dele e que outros pagamentos serão feitos. É o penhor ou a garantia de nossa salvação. 
  • Em certo sentido, o Espirito nos estimula, exorta, anima e capacita a fazer coisas que, sem ele, jamais desejaríamos fazer nem seriamos capazes. 
  • O mundo pode com muita facilidade se tornar um substituto de Deus.
  • “Temos de aprender a passar por este mundo como se ele fosse um país estrangeiro, tratando todas as coisas terrenas de modo superficial e evitando por nosso coração nelas.” (João Calvino) 
  • Pensar na ascensão é um modo valioso de assegurar que temos uma perspectiva correcta da vida. 
  • A igreja não é um prédio estático, mas um povo dinâmico e peregrino, que caminha sempre em frente, com obediência e fé. Isso inclui os que nos precederam e os que virão depois de nós. Trata-se de uma grande comunhão de fé, espalhada ao longo dos séculos e dos continentes. 
  • Os cristãos são santos exactamente da mesma forma que a lua brilha a noite: reflectindo a luz de outro ser. A santidade de Deus pode ser reflectindo a luz de outro ser. A santidade de Deus pode ser reflectida em nossa vida, mesmo nós sendo pecadores. 
  • A igreja é uma comunidade de pecadores perdoados que tem a confiante expectativa, pela graça de Deus de se transformar numa comunidade de Santos. 
  • Não devemos pensar na vida eterna como um estado exclusivamente situado no futuro, É uma condição que podemos começar a viver agora. 
  • Passar para a vida eterna não é experimentar algo totalmente estranho e desconhecido. Antes, é ampliar e aprofundar nossa experiência com a presença e o amor de Deus. 
  • “Ninguém pode chamar Deus de pai sem considerar a igreja sua mãe.” Cipriano de Cartago
  • O mundo é um lugar cada vez mais hostil a existência da fé.
  • C.S Lewis sugeriu que a fé é como um movimento de resistência que combate uma potência invasora: o secularismo. 
  • Muitos cristãos acham a nova agressividade da cultura secular extremamente perturbadora. Parece que ela lhes põe em duvida sua fé. A hostilidade de grande parte da cultura moderna parece muito ameaçadora e provoca abatimento em muitos cristãos. Na melhor das hipóteses, o mundo é indiferente a fé; na pior, a considera absurda. 
  • O Cristianismo é uma religião combatente. C.S Lewis
  • De alguma forma, parece que Jesus sai de cena quando a instituição eclesiástica passa a ter importancia primordial. A lealdade a uma denominação especifica, ou mesmo a devoção a um determinado prédio, pode assumir importancia maior que a lealdade a Jesus Cristo. 
  • O fato de acharmos as vezes tão difícil perdoar as pessoas nos faz entender quanto o perdão divino é maravilhoso. 

sábado, 14 de junho de 2014

NOTAS DE LEITURA - A INTOLERÂNCIA DA TOLERÂNCIA, D.A Carson

A crise da Tolerância que, redefinida se tornou repressiva, perigosa e intelectualmente debilitante.


  • A nova tolerância sugere que aceitar a posição do outro significa crer que essa posição seja verdadeira ou, pelo menos, tão verdadeira quanto sua própria. Mudamos de permitir a livre expressão de opiniões contrarias para aceitar todas as opiniões, saltamos da permissão da articulação de crenças e argumentos dos quais discordamos para a afirmação de que todas as crenças e todos os argumentos são igualmente validos. Assim passamos da antiga para a nova tolerância. 
  • É o suficiente. Eu poderia adicionar outros exemplos, mas acredito que ja tenha dado para transmitir a ideia. Sob o pretexto de nao ofender ninguém, estamos correndo o risco de apelas para que a virtude da tolerância se torne mais intolerante. Talvez seja proveitoso mostrar o quanto isso é comum em esferas especificas. 
  • ...neste mundo tolerante, certas coisas são intoleráveis. 
  • O mundo intelectual moderno esta a deriva, incapaz ou nao disposto a permitir qualquer afirmação de certeza para estabelecer as coordenadas segundo as quais ideias e compromissos devem ser julgados. O lado positivo dessa situação, obviamente, é que a tolerabilidade e a subjectividade se tornaram as principais virtudes da nossa era, o que significa que aos grupos marginais inclusive aos evangelhos dispensa-se mais respeito do que no inicio do século. O perigo... é que a ovelha gentil da tolerância muitas vezes retorna como o lobo do relativismo. Assim, os cristãos estão em uma posição melhor e, ao mesmo tempo, pior, melhor no sentido de que são tolerados como qualquer pessoa e pior no sentido de que hoje nenhuma afirmação sobre a verdade tem peso algum. 
  • Se nao fizermos isso, haverá um preço a ser pago, em reputação, prestigio ou contra coisa. Independentemente de conseguirmos nos portar de formar cativante, se nós, a educação superior crista, estivermos determinados a praticar nosso compromisso com Cristo, vamos, como Jesus nos instrui, experimentar essa censura. 
  • o que nova tolerância quer dizer é que o governo deve ser intolerante com aqueles que nao aceitam a nova definição de tolerância. 
  • Em vários círculos, parece que o único escárnio genericamente sancionado ainda permitido é o anticristão. 
  • O desafio a ser enfrentado para que permaneça uma virtude, sem sucumbir as forcas centrípetas do relativismo e do espirito da era. 
  • Na mente de muitos observadores, essa nova tolerância apressa-se a apoiar o relativismo moral. 
  • Recentemente o significado do termo tolerância tornou-se bastante degradado. Enquanto antes queria dizer respeito das diferenças verdadeiras e fortes, passou a significar uma abdicação dogmática das afirmações sobre a verdade e uma aderência moralista ao relativismo moral - sendo que o afastamento de qualquer um desses é estigmatizado como intolerância.
  • Aparentemente, quando o principio da liberdade de expressão e o principio da tolerância as minorais se chocam, a liberdade de expressão deve perder. 
  • Os exemplos são inúmeros. Em nome da inclusão podemos acabar a exclusão, assim provando que somos intolerantes. 
  • Parece que abortar um bebe é legal e devemos ser tolerantes aos que realizam abortos, isto é, devemos nos abster de fazer qualquer coisas que possa ofende-los , no entanto, retratar o aborto é crime e aqueles que distribuem tais imagens e se opõem ao aborto deve ser presos e privados de atendimento medico que seria fornecido até aos piores criminosos. Mais uma vez, aqui está a intolerância apoiada pelo governo me nome da nova tolerância. 
  • Tanto a antiga tolerância quanto a nova tolerância, nao são uma posição intelectual, mas sim uma reação social. A antiga tolerância é a disposição para tolerar, permitir ou suportar pessoas e ideias das quais discordamos, em sua forma mais pura, a nova tolerância é o compromisso social de tratar todas as ideias e pessoas de forma igualmente correcta, excepto pessoas que discordam dessa perspectiva da tolerância, 
  • Assim ,aqueles que sustentam e praticam a antiga tolerância, por estarem inevitavelmente envolvidos com algum sistema de valores, são rotulados como intolerantes e excluídos, nao merecendo mais lugar a mesa. 
  • A diferença entre as afirmações sobre a verdade da religião e as afirmações a respeito de outros assuntos académicos reside na penalidade por entende-las errado. Um aluno ou um professor que dá uma resposta incorrecta para uma pergunta importante de sociologia ou química poderá receber uma nota ruim ou, na pior das hipóteses, deixar de receber uma promoção. Esses riscos são reais, mas nem se comparam ao risco de estar enganado sobre a identidade de um único Deus verdadeiro e as maneiras apropriadas de adora-lo, pois, ao errar em relação a isso, nao perdemos uma promoção nem recebemos uma nota ruim, mas sim perdemos nossa salvação e somos condenados a eternidade no inferno. 
  • As afirmações sobre verdade da religião, no entanto, nao desejam nosso respeito, desejam nossa crença, e finalmente nossa alma. Sao afirmações ciumentas. Nao terás outros deuses diante de mim. 
  • Falar sobre a tolerância de Deus separadamente de seu retrato bíblico mais abrangente é cometer uma injustiça a ele. Seu amor é melhor do que tolerância, sua ira garante uma justica que a mera tolerância nao pode imaginar. 
  • Será que nenhuma igreja, na qualidade de organização privada, tem o direito de disciplinar seus adeptos segundo suas crenças e políticas declaradas?
  • Alem de estarem cumprindo seu dever, os lideres eclesiásticos que sustentam a disciplina de suas igrejas estão seguindo as instruções e o exemplo do Novo Testamento. O Cristo exaltado critica a igreja em Tiatira por tolerar a falsa profetiza Jezabel, em particular seus ensinamentos e sua imoralidade.
  • Se voce precisar escolher entre a heresia e o cisma, sempre escolha a heresia, pois como herege, sua culpa será de apenas ter uma opinião errada. Como cismático, voce dilacerou e dividiu o corpo de Cristo. Escolha sempre a heresia.
  • Nao somos salvos pelas crenças sobre Deus, Cristo, a cruz, etc, independentemente de elas serem ou nao validadas pela veracidade daquilo em que se cre. Nesse sentido, somos salvos por Cristo e não por nossas crenças a respeito de Cristo, independentemente e Cristo ter de fato existido ou nao. 
  • Creio que nao estou enganado em dizer que o cristianismo é uma religião exigente e seria. Quando é oferecida como fácil e divertida, é um tipo completamente diferente de religião. 
  • O tecido todo da teologia crista está amarrado a graça de Deus pela qual ele salva seu povo por meio da cruz e da ressurreição do seu filho, o tecido todo do pensamento mulçumano está amarrado a nossa conquista da aceitação de Alá, o misericordioso. Essas divergências nao são pequenas. 
  • Em sua primeira carta, o apostolo João estabelece três testes para a autentica profissão crista, um teste da verdade (os crentes devem crer que certas coisas sao verdadeiras), um teste do amor (os crentes devem genuinamente amar uns aos outros) e um teste de obediência (os crentes devem fazer o que Jesus diz). 
  • Para colocar essa questão de outra maneira, o dialogo inter-religioso, seja em um contexto formal ou informal, provavelmente gerará esse tipo de amizade feliz, contanto que nenhuma das partes creia que muitas coisas são verdadeiras dentro de suas respectivas tradições. 
  • A tolerância é a virtude de um homem sem convicções.
  • Relativismo é a perspectiva de que nenhum padrão do que é verdadeiro e falso, certo e errado, bom e ruim, bonito e feio existe de forma a ser válido para todos. 
  • Na perspectiva da Biblia, o relativismo é traição contra Deus e seu mundo. O fato de o Deus da Biblia existir estabelece a possibilidade da verdade, o fato de ele ser um Deus revelador estabelece a possibilidade de conhecer essa verdade. O relativismo promete liberdade, mas escraviza as pessoas, ele se recusa a reconhecer o pecado e mal da maneia que a Biblia o faz e, portanto, ele nunca confronta adequadamente o pecado e o mal, fazendo que as pessoas se tornem escravas deles. Mesmo em níveis sociais é um convite a destruição, pois se todos fazem aquilo que é certo a seus próprios olhos, o resultado é o caos anárquico ou apelo cultural por mais leis, a fim de instaurar estabilidade, e em ultimo caso maré um apelo por um ditador. 
  • Se cristãos e outros cidadãos religiosos nao podem participar livremente dos debates públicos, expondo quaisquer perspectivas ou conhecimentos que possam sustentar, eles estão sendo relegados a cidadania de segunda classe. 
  • O perigo da tirania democrática reside exactamente na incapacidade de se reconhecer o que é bom e o que é maligno. 
  • A liberdade de expressão deve ser valorizada, mesmo quando o discurso é tolo. 
  • Precisamos fazer distinção entre a mente tolerante e o espirito tolerante. O cristão deve ser sempre tolerante em espirito, amando, compreendendo, perdoando e suportando os outros, não sendo demasiadamente severo com eles e dando-lhes um voto de confiança, pois o amor verdadeiro “..tudo sofre, tudo cre, tudo espera. tudo suporta”. Mas como podemos ser tolerantes diante daquilo que Deus claramente revelou como maligno ou errado?
  • O objectivo de abrir a mente, como o de abrir a boca, é poder fecha-la como algo sólido dentro. (Chesterton)
  • ...quando o evangelho verdadeiramente se enraíza em qualquer cultura, mudanças são inevitáveis. 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

NOTAS DE LEITURA - RELIGIÃO VIDA MANSA, J.I Parker


  • Pensamentos sobre Deus somente são correctos quando se ajustam aos próprios pensamentos de Deus a respeito de si, a teologia só é boa quando deixamos a verdade revelada de Deus - isto é, o ensino da Biblia - penetrar em nossas mentes. Portanto, a teologia é um exercício de ouvir antes de ser um exercício de falar. 
  • Os detalhes técnicos entrarão somente quando contribuírem para a simplicidade. A simplicidade dos princípios, uma vez alcançada, favorece a pratica directa e honesta. Os melhores mapas teológicos são claros... 
  • Muitas vezes o único sentido que a teologia pode encontrar nas tendências, condições e padrões de comportamento atuais que marcam a sociedade e tocam os indivíduos é diagnostica-los como sendo fruto do pecado e apresentar a promessa de que Deus um dia vai varre-los e revelar alguma coisa melhor em seu lugar. 
  • Pretende-se que os cristãos viagem através da vida nao em isolamento, mas na companhia fraterna de crentes, sustentando-os e sendo sustentados por eles. 
  • A boa teologia pede constantemente decisões deliberadas e responsáveis a respeito de como se vai viver, e ela nunca se esquece de que as decisões cristas são compromissos para se agir sobre princípios assumidos em liberdade, e motivados em primeiro lugar pelo amor a Deus e a justica. É assim que a boa teologia molda o carater cristão, não nos degradando nem nos diminuindo, mas, antes, realçando a dignidade que Deus nos deu. 
  • Recusamos crer que alguém deveria viver para algo mais do que esta vida presente. Mesmo se suspeitamos que os materialistas estejam errados ao negar que Deus e outro mundo existem, nao temos permitido que nossa crença nos impeça de viver sob princípios materialistas. 
  • O mundo de Deus nunca é amistosos para aqueles que se esquecem de seu criador. 
  • E se queremos saber sobre Deus, precisamos nos voltar para a Biblia
  • Deus nao pretendeu que a leitura da bíblia funcionasse simplesmente como um sedativo para mentes desassossegadas. A leitura da escritura tem a intenção de acordar nossas mentes e nao de faze-las dormir. 
  • A vontade de Deus é feita, não menos na condenação dos incrédulos do que na salvação daqueles que põem sua fé no Senhor Jesus. 
  • A finalidade de Deus em todos os seus atos é, um ultima analise, ele mesmo. 
  • É dura esta explicação? Não para o homem que já aprendeu que sua finalidade principal neste mundo é glorificar a Deus e assim fazendo deleitar-se nele para sempre. O cerne, o coração da verdadeira religião é glorificar a Deus através de paciente perseverança e louva-lo por suas graciosas libertações. É viver a vida, tanto através dos lugares planos como dos acidentados, em obediência firme e ações de graça pela misericórdia recebida. É buscar e encontrar a mais profunda alegria, nao numa alienação espiritual, mas m descobrir através de cada tempestade e conflito sucessivo a poderosa suficiência de Cristo para salvar. É o conhecimento seguro de que o modo de Deus é o melhor, tanto para nosso próprio bem estar como para sua glória. Nenhum problema que apareça pela frente abalará a fé daquele que verdadeiramente aprendeu isto. 
  • A meta maior de Deus é glorificar a si próprio. 
  • Voce nao tem que fazer uma imagem de escultura retratando Deus como homem para ser idolatra, pois basta uma falsa imagem mental para se quebrar o segundo mandamento. 
  • Para nós, glorifica-lo é um dever: para ele, abençoar-nos é graça. A única coisa que Deus é obrigado a fazer é exactamente a coisa que ele requer de nós - glorificar a si próprio. 
  • A vida sem Deus nao tem nenhum valor real, é mera monstruosidade. 
  • O caminho ao ser verdadeiramente feliz é ser verdadeiramente humano, e o caminho ao ser verdadeiramente humano é ser verdadeiramente piedoso. 
  • De uma vez por todas, vamos tirar de nossa mente a ideia de que todas as coisas são como são porque Deus nao pode evitar que seja assim. Deus faz todas as coisas de acordo com o conselho da sua vontade (Ef 1.11) e todas as coisas são com são porque Deus escolheu que assim fossem, e a razão para sua escolha em cada caso é sua glória. 
  • Nossa pergunta é - O que é piedade essencialmente? Eis a resposta: É a qualidade de vida que existe naqueles que buscam glorificar a Deus. 
  • O que um homem é quando está sozinho de joelhos perante Deus, isso ele é, e nada mais” Murray McCheyne
  • O homem piedoso nao brinca de orar. Seu coração está ali. A oracao para ele é seu trabalho principal. Sua oracao é sempre, é consistente a expressão de seu desejo mais forte e mais constante. 
  • Saber que Deus está no trono sustenta quem está sob pressão, enfrentando confusão de espirito, dor,hostilidade e acontecimentos que parecem nao fazer sentido. É uma verdade que dá sustentação aos crentes, e é o primeiro elemento ou ingrediente na santidade de Deus.
  • A reverencia exclui especulação a respeito das coisas que Deus nao mencionou em sua palavra. A resposta de Agostinho ao homem que lhe perguntou: “O que Deus estava fazendo antes de fazer o mundo?” foi: “Estava fazendo o inferno para pessoas que fazem perguntas assim”. 
  • Quando alcançamos os limites máximos daquilo que a escritura nos diz, é hora de parar de discutir e começar a adorar. É o que nos ensina a face coberta do anjo. 
  • Adoradores genuínos querem se colocar fora de cena, nao chamar atenção para si próprios, de tal forma que tudo possa se concentrar, sem distracção, somente em Deus. 
  • Um comunicador cristão tem que aprender que nao pode se apresentar a si próprio como grande pregador e grande mestre se também quer apresentar Deus como grande Deus e Cristo como grande Salvador. 
  • A irreverência, auto-afirmação e paralisia espiritual frequentemente desfiguram nossas assim chamada adoração.
  • Sentir-se diante de Deus não é, absolutamente, um sentimento mórbido, neurótico ou doentio. É natural, realista, sadio e uma verdadeira percepção de nossas condição. Somos pecadores de fato. É sabedoria nossa admiti-lo.
  • Alguma pessoas fofocam - uma pratica que tem sido definida como sendo a arte de confessar os pecados de outras pessoas. 
  • O sucesso visível na forma de resultados instantâneos nao é garantido no ministério cristão, nem para voce nem para mim. 
  • ...ninguém deverá presumir que é porque seu coração ou mensagem ou ministério nao está como deveria estar que no momento ele nao esteja vendo nenhum sucesso. 
  • Mas a falta de sucesso presente nao significa necessariamente que alguma coisa em particular esteja errada. O caminho correcto poderá ser simplesmente perseverar em fidelidade, aguardando que chegue a hora de Deus abençoar.
  • Assim como Deus nos fez para o prazer, ele nos redime para o prazer - o nosso, bem como o dele. 
  • O que deve ser negado não é o eu pessoal ou a existência da pessoa como ser humano racional e responsável. Jesus não planeja transformar-nos em autómatos, nem nos pede para sermos voluntários para o papel de robo. A negação requerida é do eu carnal, do impulso egocêntrico, auto-deificante com o qual nascemos, e que nos domina tão ruinosamente em nosso estado natural. 
  • Quando Cristo chama um homem, propõe que ele venha e morra” Dietrich Bonhoeffer
  • É correcto e bom ter confiança nos recursos ilimitados de Deus e altas expectativas de ser liberto do mal. Mas, conceber uma oracao de petição como sendo uma técnica pra fazer Deus dançar segundo a musica que voce estabelece e obedecer as ordens que voce dá não é certo nem bom. 
  • O céu é um estado de santidade que somente pessoas com gostos santos apreciarão e no qual somente pessoas de carater santo podem entrar. De acordo com isso, o proposito presente de Deus é operar santidade, isto é, a semelhança de Cristo em nós, para nos adequar ao céu. É precisamente o interesse de Deus em nossa felicidade futura que o leva a concentra-se aqui e agora em nos tornar santos, pois “santidade ninguém verá a Deus” (Hb 12.14)
  • A santidade não é um preço que pagamos para a salvação final, é, antes, a estrada pela qual nos aproximamos dela, e a santificacao é o processo pelo qual Deus nos guia por essa estrada. 
  • “O lugar do navio é dentro do mar, mas Deus ajude o navio se o mar entrar dentro dele” Spurgeon falando da igreja e do mundo.
  • Uma das característica da cultura ocidental é que nós somos, como se diz, tranquilamente frios. Damos mostra de entusiasmo quanto a isso ou aquilo, mas nossos sentimentos são só da pele para fora. Basicamente somos entediados, já vimos tudo, e nada nos comove a nao ser nossas preocupações pessoais.
  • “Se Jesus Cristo é Deus e morri por mim, então nenhum sacrifício é grande demais para eu fazer por ele.” C.T Studd
  • ...o desejo de conhecer a direcao de Deus é sinal de saude espiritual.
  • Crentes sadios querem agradar a Deus. Pela regeneracao a amar a obediência e achar alegria em fazer a vontdade de Deus. 
  • A experiencia interior de ser divinamente dirigido geralmente não é aquela em que vejamos sinais ou ouçamos vozes, e sim de ser capacitado a ir trabalhando e descobrindo a melhor coisa a fazer. 
  • Deus muitas vezes nos guia...deiando que nós usemos a inteligencia que ele nos deu para implementar da melhor forma possivel os principios e prioridade biblicas. É parte do processo pelo qual ele nos faz crescer e maturar em Cristo.
  • Nesta epoca de autoconfianca superficial e secularizada, perigos ocultos sao abundantes. Temos de examinar nosso coracao vezes e mais vezes para não iludirmos a nós mesmos e a outros imaginando que recebemos a orientacao de Deus quando na realidade nossos proprios desejos estão nos desencaminhando. 
  • Assim como a alegria é nas palavras de C.S Lewis “o negocio sério do céu”, assim ela é fundamental para a piedade séria na terra. 
  • ...os cristaos tem por assim dizer, alma maior do que outras pessoas, pois a tristeza e a alegria, como a dolacao e a esperanca, ou dor e a paz, podem coexistir em sua vida de uma forma que os nao cristaos desconhecem. A aflicao, o desconsolo e a dor sao sentimentos despertados por situacaoes presentes, mas a fé produz alegria, esperanca e paz em todo o tempo. 
  • Não somos obrigados a reagir como os outros querem que façamos. 
  • Voce pode ter alegria sem divertimento, assim como pode ter divertimento sem alegria. Não há nenhuma correlacao imprescindível entre as duas coisas.
  • Aqui está minha definicao: a alegria é uma felicidade do croacao, ligada a bons sentimentos de uma espécie ou outra. 
  • A alegria é um habito do coracao, induzido e sustentado por nós como qualidade permanente de vida pela disciplina do regozijo. 
  • ...alegria é uma opcao, a pessoa ecolhe focalizar seu pensamento em fatos que evocam alegria. Tal é o segredo de “alegrar-se sempre no Senhor”, isto é, escolher sobre o que voce vai pensar. É tão simples e tão dificil assim.
  • O segredo da alegria para os crente está na fina arte do pensamento cristão.
  • Aqueles que sao nascidos de Deus praticam a justica, nao pecam habituammente, honram a Cristo que foi verdadeiramente encarnado e que verdadeiramente morreu por seus pecados , e amam seus irmão em Cristo.
  • Pessoas machucadas muitas vezes agem assim, externando a dor deles como quem quer cortar sua cabeça. 
  • ...odesapontamento pode levar ao desespero que pode causar depressao. A depressai é uma condicao psicofisica complexa, e muitos fatores temperamentais, circunstanciais e espirtuais contribuiem para causa-la. É um declinio para uma desesperança aflitiva que é normalmente ligada a um transtorno temporário ou prolongado da quimica do organismo.
  • Os médicos, psiquiatras nao deverao ignorar as dimensoes espirituas da depressao, assim como os pastores nao poderao ignorar as dimensoes medicas. O caminho apropriado é o da parceria. 
  • É assustador ver como parece incomodar pouco os cristaos de hoje o pecado pessoal.
  • A igreja é o centro e o ponto focal do plano de Deus e a area de demonstracao de sua sabedoria savadora e santificadora.
  • O grandes homens da Reforma do século dezesseis foram homens de oracao. Sabiam que sem oracao nao se pode esperar que algo de certo, e agim de acordo. Lutero confessou com realismo espiritual surpreendente: Estou ocupado demais para passar menos de tres horas por dia em oracao.
  • Os pecados abracados sao bloqueadores  de estrada.
  • Podemos pedir ao Senhor que nos sonde agora mesmo. Podemos pedir que ele nos salve daquela complacencia dessensibilizadora que nos tornou cristaos mornos, relaxados, vivendo em perfeita ortodoxia em nossa mente, mas como homens num sonho - sem nenhuma vitalidade espiritual. 
  • Enquanto ele nos fala nestes dias, que possamos reconhecer que ele mesmo que se chega a nós e que ele está no trono para nos renovar, nos sustentar, nos reformar e finalmente nos trazer a gloria. 



sexta-feira, 23 de maio de 2014

NOTAS DE LEITURA - POR QUE TARDA O AVIVAMENTO, Leonard Ravenhill


  • O púlpito pode ser uma vitrine onde expomos nossos talentos; o aposento da oração, pelo contrário, desestimula toda a vaidade pessoal.
  • Tenho constatado um fato muito estranho que ocorre até mesmo em igrejas fundamentalistas: a pregação sem unção. E o que é unção? Não sei. Mas sei muito bem o que é não ter unção (ou pelo menos sei quando não estou ungido). Uma pregação sem unção mata a alma do ouvinte, em vez de vivificá-la. Se o pregador não estiver ungido, a Palavra não tem vida. Pregador, com tudo que possuis, adquire unção.
  • Um sermão gerado na mente só atinge a mente de quem a ouve. Mas gerada no coração, chega ao coração. A verdade é que o pregador que não passa pelo menos duas horas por dia em oração, não vale um vintém, por mais títulos que possua.
  • Os pregadores que deviam estar “pescando homens”, parecem estar pescando mais é o elogio deles. Os que costumavam espalhar a semente, agora estão colecionando pérolas intelectuais. (Imagine só, semear pérolas num campo!)
  • É possível alguém pregar e ainda assim se perder; mas é impossível orar e perecer. A estatura espiritual de um crente é determinada pelas suas orações. O pastor ou crente que não ora está-se desviando. Estamos pensando que os andaimes são o prédio. As pregações de hoje, com sua falha interpretação das verdades bíblicas, nos levam a confundir agitação com unção, e comoção com avivamento.
  • Quem se entrega ao pecado pára de orar. Mas aquele que ora pára de pecar. 
  • A verdade nua e crua é que estamos tão envolvidos com a terra que não temos nenhuma utilidade para o reino dos céus.
  • Isaías teve uma visão em três dimensões. Vejamos Isaías 6, versículos 1 a 9. Seu olhar se dirigiu para o alto: viu o Senhor; para dentro de si: viu a si mesmo; e para fora: viu o mundo.
  • Sua visão tinha altura: viu o Senhor alto e sublime; profundidade: viu as profundezas de seu coração; e largura: viu o mundo.
  • “Não havendo profecia o povo se corrompe”. (Pv 29.18). E não havendo paixão pelas almas, a igreja perece, mesmo que esteja lotada dominicalmente.
  • Ninguém vai além da visão que tem. 
  • O fato é que hoje não se prega mais o evangelho com o mesmo fervor de antes, e não há mais fome de se ouvir a pregação.
  • Irmão, a igreja perdeu o “fogo” do Espírito Santo e por causa disso a humanidade vai para o fogo do inferno. 
  • O que se ajoelha diante de Deus, não se curva em nenhuma situação. 
  • A maior vergonha de nossos dias é que a santidade que ensinamos é anulada pela impiedade de nosso viver. 
  • Em cada um de nós existem três pessoas: a que nós achamos que somos, a que os outros pensam que somos, e a que Deus sabe que somos.
  • É muito fácil encontrarem-se justificativas para todos os tipos de pecados; é só querer. Mas quando o Espírito Santo nos sonda o coração e conhece o que vai em nós, não passa a mão em nossa cabeça nem tampouco nos lesa.
  • Se a igreja hoje contasse com tantos intercessores quantos são seus conselheiros, teríamos um avivamento dentro de um ano.
  • Assim que Deus abre as janelas do céu para nos abençoar, o inimigo abre as portas do inferno para nos intimidar. 
  • O pregador talvez agrade ao povo; um profeta o contrariará
  • O mero pregador é aclamado; o profeta de Deus é perseguido.
  • Ó meus irmãos pastores, nossas orações, em grande parto, não passam de conselhos que estamos tentando dar a Deus. 
  • Talvez pudéssemos até denominá-lo “evangelismo-relâmpago” — por uns instantes produz um brilho intenso, mas logo se apaga.
  • Irmãos, nossos olhos estão secos porque nosso coração também está. 
  • Estamos vendo uma juventude amante de prazeres, que não liga a mínima para Deus. Enfatuados com seu pseudo-intelectualismo, totalmente indiferentes às coisas espirituais, eles rejeitam os padrões de moralidade vigentes.
  • Harnack definiu o cristianismo como “algo muito simples e muito sublime: viver no tempo e na eternidade sob o olhar de Deus, e com a ajuda dele”.
  • Os homens constroem nossos templos, mas não entram neles; imprimem bíblias, mas não as lêem; falam de Deus, mas não crêem nele; conversam a respeito de Cristo, mas não confiam nele para sua salvação; cantam nossos hinos, mas depois os esquecem. Onde é que vamos parar com tudo isso?
  • Somos efésios, sim, mas da Igreja de Éfeso do Apocalipse, aquela que abandonou o seu "primeiro amor". Fazemos concessões ao pecado em vez de fazermos oposição a ele. E nossa sociedade licenciosa, libertina, leviana nunca se curvará diante dessa igreja fria, carnal, crítica. Paremos de ficar procurando desculpas para nosso fracasso. A culpa pelo declínio da moralidade não é do cinema e da televisão. A culpa pela atual corrupção e depravação internacional é toda da igreja. Ela não é mais um espinho nas ilhargas do mundo. E não foi nos momentos de popularidade que a verdadeira igreja triunfou, mas, sim, nas horas de adversidade. 
  • Por que tarda o avivamento? A resposta é muito simples. Tarda porque os pregadores e evangelistas estão mais preocupados com dinheiro, fama e aceitação pessoal, do que em levar os perdidos ao arrependimento.
  • O fator que mais retarda a vinda de um avivamento do Espírito Santo é essa ausência de angústia de alma. 
  • A única força diante da qual Deus se rende é a oração. 
  • Chega de toda essa autopromoção nos púlpitos. Chega de tanto exaltar “meu programa de rádio”, “minha igreja”, “meus livros”. Ah, que repulsiva demonstração carnal vemos nos púlpitos: “Hoje, temos o grande privilégio...” E os pregadores aceitam isso; não, eles já o esperam. (E se esquecem de que só estão ali pela graça de Deus.) 
  • Irmãos pregadores, precisamos nos envergonhar de não sentir vergonha; precisamos chorar por não termos lágrimas; precisamos nos humilhar por haver perdido a humildade de servo de Deus; gemer por não sentirmos peso pelos perdidos; irar-nos contra nós mesmos por não termos ódio do monopólio que o diabo exerce nestes dias do fim, e nos punir pelo fato de o mundo estar-se dando tão bem conosco, que nem precisa perseguir-nos.
  • Imaginemos a experiência do pentecostes se repetindo em uma igreja no próximo domingo. O pastor, como Pedro, é revestido de poder. E, pela sua palavra, Ananias e sua esposa caem mortos ao chão. Será que o crente moderno toleraria isso? E não pára aí. Paulo determina que Elimas fique cego. Em nossos dias, isso implicaria na abertura de processo contra o pregador. E se alguns caíssem ao chão, sob o poder do Espírito Santo — o que acontece em quase todos os avivamentos — sem dúvida iriam difamar-nos. Não seria demais para a nossa sensibilidade?
  • “Avivamento: é o Espírito Santo enchendo um corpo prestes a tornar-se um cadáver”.— D. M. Panton.
  • Se desagradarmos a Deus, não importa a quem vamos agradar. E se agradarmos a ele, não importa a quem vamos desagradar. 
  • Os homens poderão destruir o corpo de um profeta, mas nunca destruirão o profeta.
  • Mas diga-me: quando pregamos o evangelho hoje, alguém acha que estamos loucos? Pelo contrário, não podemos fazer pregações muito taxativas, não é mesmo? Afinal, temos que pensar em nossa reputação, nas multidões que vêm ouvir-nos, nas ofertas que temos de levantar, e nos tantos anos que já temos de ministério.
  • E enquanto a igreja vai-se tornando fria e ineficiente, as cadeias e as varas de família onde se julgam os divórcios estão cada vez mais superlotadas.
  • Pastores que não oram nunca poderão reproduzir guerreiros da intercessão. É chegado o conflito das eras. Essa coisa distorcida, antibíblica que leva o nome de “igreja”, mas que se mistura com o mundo e desonra aquele a quem ela diz ser seu Senhor, já foi desmascarada; é uma fraude. A verdadeira igreja nasce dos céus. Nela não há pecadores, e fora dela não há salvos. Ninguém pode colocar o nome de outrem em seu rol de membros, nem tampouco pode riscar aquele que lá estiver registrado. Essa igreja — da qual, graças a Deus, ainda existe um remanescente no mundo — vive, move-se e existe na oração. Orar é o sincero desejo de sua alma.
  • Satanás não se importa se aumentarmos nosso conhecimento da Palavra de Deus, desde que não nos dediquemos à oração, o que nos impulsionaria a pôr em prática as instruções que recebemos pela leitura da Palavra. De que vale um conhecimento profundo, se nosso coração não tem profundidade espiritual? De que adianta termos uma boa posição perante os homens, se não a temos diante de Deus? De que vale a higiene do corpo, se nossa mente e espírito estão sujos? De que adianta possuirmos uma fachada de religiosidade se nosso coração é carnal? Por que nos orgulharemos de força física, por exemplo, se espiritualmente somos fracos? De que vale a riqueza do mundo se vivemos em pobreza espiritual? Que prazer pode ter na popularidade social aquele que é desconhecido no inferno? 
  • “Hoje só tenho cinzas onde antes tinha fogo,
  • a alma que havia em meu corpo está morta.
  • O que antes eu amava, agora apenas admiro.
  • Meu coração é tão grisalho quanto meus cabelos”. Lorde Byron
  • ...nestes dias a maior preocupação nossa é: “Estão todos satisfeitos?” O propósito de Deus para nós não é que experimentemos felicidade, mas santidade. 
  • “Aquele que prega arrependimento está-se colocando contra este século, e enquanto insistir nisso será impiedosamente atacado pela geração cuja fraqueza moral aponta. Para tal tipo de pessoa só existe um fim: “Sua cabeça vai rolar!” É melhor ninguém começar a pregar o arrependimento enquanto não confiar sua cabeça ao céu”.— Joseph Parker.

Se existem níveis de morte espiritual, então o nível mais baixo que conheço é pregar sobre o Espírito Santo sem ter a unção do Espírito. 

  • Deus e fogo são imagens inseparáveis; assim também são o homem e o fogo. Cada um de nós está trilhando um caminho de fogo: fogo do inferno para o pecador e fogo do juízo para o crente. E infelizmente milhões de pecadores irão experimentar o fogo do inferno porque a igreja perdeu o contato com o fogo do Espírito Santo.
  • Irmãos, à luz do conhecimento que temos sobre o altar de Deus, é melhor vivermos seis meses com o coração em chamas, apontando o pecado deste mundo, seja em que lugar for, e conclamando o povo a libertar-se do poder de Satanás e se voltar para Deus (como fez João Batista), do que morrer cercado de honrarias eclesiásticas e de doutorados em teologia, para se tornar motivo de riso no inferno, para os espíritos das trevas.
  • João era uma “Voz”. A maioria dos pregadores não passa de ecos, pois, se prestarmos bem atenção, saberemos dizer quais os livros que andaram lendo, e notaremos que citaram muito pouco do Livro. 
  • Se hoje houvesse mais crentes de oração, haveria também mais pessoas preparadas para o sofrimento. Para que uma pessoa invoque o testemunho do Espírito Santo a fim de atestar o que diz é preciso que esteja vivendo perfeitamente no centro da vontade de Deus e caminhando na corda bamba da obediência. 
  • Se houvesse um avivamento em certas igrejas “bíblicas”, ele acabaria em uma semana, pois onde estariam as mães em Israel para cuidar dos bebês em Cristo? Quantos de nossos crentes sabem tirar uma pessoa das trevas e conduzi-las para a luz? (Na condição em que algumas igrejas estão, seria desastroso confiar-lhes novos-convertidos; seria o mesmo que colocar um recém-nascido dentro de um congelador.)
  • Lemos no primeiro capítulo de Gênesis que todos os seres vivos geravam outros segundo a sua espécie. E na regeneração também aquele que é nascido de novo deve gerar outros.
  • É; ele compreende sim; mas não nos justifica, pois se não oramos é porque estamos por demais atarefados; mais do que ele quer que estejamos.
  • Meu irmão pregador, se sua alma se acha estéril, se seus olhos não vertem lágrimas, se não há convertidos em sua igreja, não se acomode pelo fato de que pelo menos é um pregador popular. Não se deixe consolar pelos títulos que possui, pelos livros que já escreveu. Se você é espiritualmente incapaz de gerar filhos, rogue fervorosamente ao Espírito Santo que derrame tristeza em seu coração. Ah, que vergonha são nossos altares estéreis! Será que o Espírito Santo se deleita com nossos órgãos elétricos, nossos corredores acarpetados, e a nova decoração, quando o “berçário” está vazio? Não! Ah, que o silêncio mortal de nossos santuários seja quebrado com o bendito choro dos “recém-nascidos”.
  • Assim também em todas as eras tem havido avivamentos, gerados pelo mesmo processo: angústia de alma, oração incessante e preocupação com a esterilidade. Mas todos eles são diferentes entre si.
  • Foram as mulheres estéreis da Bíblia que geraram os homens mais nobres das Escrituras. Sara, que foi estéril até a idade de noventa anos, gerou Isaque. Raquel, em resposta ao seu clamor: “Dá-me filhos, senão morrerei”, gerou José, que foi o libertador da nação. A esposa de Manoá gerou a Sansão, outro libertador. Ana, de alma abatida, chorou no santuário, fez uma promessa a Deus, perseverou em oração, ignorou a zombaria de Eli, derramou a alma perante Deus, e foi atendida, pois gerou a Samuel, que se tornou um profeta de Israel. Ruth, que além de estéril era viúva, encontrou misericórdia diante do Senhor e gerou a Obede, que gerou a Jessé, que por sua vez foi o pai de Davi, de cuja linhagem veio nosso Salvador. Isabel, que era já bastante idosa, gerou a João Batista, a respeito de quem Jesus afirmou que não havia profeta maior que ele, dentre os nascidos de mulher. Se essas mulheres não tivessem se sentido humilhadas pelo fato de não terem filhos, que homens valorosos a nação teria perdido!
  • A igreja hoje tem uma multidão de conselheiros; mas onde estão os intercessores? E embora ela possa se gabar de que nunca em sua história teve em termos numéricos uma freqüência tão grande, tem que admitir também que nunca teve um número tão baixo de “novos nascimentos”. 
  • Acho que muitos dos pregadores hoje estão adotando filhos, mais que gerando. 
  • “Irmãos, se não levarmos uma vida reta diante de Deus, será uma falsidade clamarmos por um avivamento, dia e noite, meses e meses seguidos. Temos que perguntar a nós mesmos: meu coração está puro? Minhas mãos estão limpas?” — Apelo feito durante o avivamento das Ilhas Hébridas.
  • Um livro é bom quando nos serve de guia; mas torna-se pernicioso quando nos acorrenta.
  • “Muitas vezes, ao orar, somos como um garotinho que toca a campainha de uma porta, e depois sai correndo antes que alguém atenda”. 
  • No dia de Pentecostes, o fogo do Espírito Santo que desceu sobre aquele grupo, incendiou o coração de cada um deles. E a igreja teve início ali, com aqueles homens agonizando. Hoje, ela está terminando, com seus líderes nos restaurantes, fazendo planos. Ela começou num avivamento e está terminando num ritual. Começou com uma força viril; hoje termina estéril. Os membros fundadores eram indivíduos de grande fervor, e nenhum título; hoje, temos muitos títulos, mas nenhum fervor. Ah, irmãos, nossa maior necessidade agora é de homens com o coração abrasado.
  • Se um pregador não possui o Espírito de Deus, seu gabinete de estudos não passa de um laboratório onde ele disseca doutrina e cultiva dogmas sem vida. 
  • O cristianismo é a única religião do mundo cujo Deus vive dentro daquele que crê nele. 
  • ...ao dar a última volta de sua corrida terrena, ele afirmou: “Combati o bom combate”. Os demônios devem ter dito “amém” a essa declaração, pois sofreram mais com Paulo do que o apóstolo com eles. É verdade. Paulo era conhecido no inferno.