terça-feira, 29 de março de 2011

REM Everybody Hurts

Todo Mundo Se Machuca

Quando seu dia é longo
E a noite - a noite é solitária,
Quando você tem certeza de que já teve o bastante desta vida,
Continue em frente

Não desista de si mesmo,
Pois todo mundo chora
E todo mundo se machuca, às vezes...

Às vezes tudo está errado,
Agora é hora de cantar sozinho.
Quando seu dia é uma noite solitária (aguente firme, aguente firme)
Se você tiver vontade de desistir (aguente firme)
Se você achar que teve demais desta vida,
Para prosseguir...

Pois todo mundo se machuca,
Consiga conforto em seus amigos.
Todo mundo se machuca...
Não se resigne, oh, não!
Não se resigne
Quando você sentir como se estivesse sozinho.
Não, não, não, você não está sozinho...

Se você está sozinho nessa vida,
Os dias e noites são longos,
Quando você sente que teve demais dessa vida para
seguir em frente

Bem, todo mundo se machuca
Às vezes, todo mundo chora
E todo mundo se machuca, às vezes
Mas todo mundo se machuca, às vezes
Então aguente firme

(7x)
aguente firme, aguente firme...

Todo mundo se machuca

Você não está sozinho

PENSE NISTO

No dia em que estivermos completamente satisfeitos com o que temos feito, no dia em que encontrarmos o sistema de trabalho perfeito e imutável, a resposta perfeita e não a tivermos mais necessidade de sermos corrigidos de novo, nesse dia saberemos que estamos errados, que cometemos o maior de todos os enganos. 


UMA ORTODOXIA GENEROSA - Brian McLaren (Notas de Leitura)

Provocador e perigoso. É impossivel ler este livro de forma indiferente. Brian é um dos expoentes do movimento de igreja emergente e por isso ja era de se esperar algumas posturas polemicas. O movimento da igreja emergente é combatido por muitos conservadores e a principal acusação é a de tentar diluir o evangelho, colocando em xeque alguns fundamentos da fé crista. 
Não é esta a minha opinião. Acredito que a igreja emergente nada mais é do que um movimento natural da igreja que sempre se reforma. A igreja não é algo estático, nas escrituras ela é tratada como um corpo que se desenvolve, cresce e amadurece. O erro dos conservadores é querer fazer da igreja um museu - um lugar de culto ao passado. A  emergência da igreja faz parte do seu processo natural de amadurecimento, algo que deve acontecer independente da vontade dos críticos. 
Neste aspecto parabenizo o autor pela forma provocadora com que tratou o assunto. A igreja precisa ser provocada, afinal a provocação é um instrumento para despertar a igreja do seu sono e da sua letargia.
No entanto, entendo também que esta obra acaba sendo muito perigosa. Por que perigosa? Compartilho a ideia que a duvida é necessária como forma de pensar teologicamente, mas também vejo nas escrituras algumas questões que me dão certezas, convicções. Posso questionar sim, mas ha certas questões que cabe a mim crer, acreditar e confessar com absoluta convicção. O aspecto inquietante do livro é exactamente a premissa que estamos construindo uma caminhada e nesta caminhada não ha convicções, afinal estamos aprendendo. Realmente, estamos caminhando e construindo a caminhada, e é exactamente por isso que precisamos de referenciais, algo que nos aponta o caminho e a maneira de caminhar no caminho. Se não temos referenciais seguros, então estamos perdidos.
No livro Confissões de um pastor da reformissão, Marc Driscoll fala do seu encontro com Brian McLaren. Depois de um tempo juntos em que estiveram discutindo algumas questões da emergência da igreja, Driscoll chegou a conclusão de que Brian é um pacifista. Confesso que também cheguei a esta conclusão. Brian quer ser um pouquinho de cada coisa - missional, evangélico, liberal, conservador, místico, bíblico, carismático, calvinista, católico e etc. No final a pergunta que se faz é - mas o que ele é mesmo? Nesta coisa de beber em varias fontes Brian acaba perdendo a identidade e ai entendo porque no penúltimo capitulo ele trata da sua angustia (Cap 18 - Por que estou deprimido). 
Não me considero conservador, na verdade tenho horror a esta palavra. Também não quero ser tratado como um liberal. Busco um meio termo. Brian termina sua obra falando desta busca, da necessidade de um equilíbrio. Mas ai confesso minha inquietação. Brian aconselha que preguemos o evangelho de forma que o Hindu seja um seguidor de Cristo sem deixar sua religião, que o mulçumano seja um seguidor de Cristo sem deixar sua religião. Afinal, onde esta o equilíbrio? Isto para mim é liberalismo extremado, uma vez que esta claro aqui a posição universalista de Brian. 
No mais, devo dizer que este livro me ajudou bastante a reflectir. Aconselho a leitura desta obra (com muito cuidado!). 
Com vocês minhas notas de leitura. 
  • A ultima coisa de que necessitamos é de um novo grupo de reformadores orgulhosos, superprotestantes, hiperpuritanos, ultra-restauracionistas que digam, “só nós estamos certos!” e como resultado disso, condenar todos os outros ao cesto de lixo de cinco minutos atras e ao balde da mediocridade abaixo da media. 
  • Enquanto isso, tenho percebido que minha mais profunda paixão não é pelo povo da igreja: sempre foi por aqueles que estão fora dela. Quero dar a essas pessoas as boas vindas, ajuda-las a se tornarem parte de nossa vida e missão. 
  • ...onde a igreja fecha as portas ao Espirito Santo, ele encontra uma janela destrancada por onde entrar secretamente.
  • ...a igreja é uma continuação e uma extensão do grupo original de discípulos, um grupo de pessoas aprendendo os caminhos de Jesus como uma comunidade voluntária. 
  • Por que sou cristão? Porque creio que Jesus é Salvador do mundo, Senhor e Filho de Deus.
  • Seu reino, então, é um reino não de controle opressivo, mas de liberdade sonhada, não de domínio coercitivo, mas de amor libertador, não de dominação de alto a baixo, mas de serviço de baixo para cima, não de punho de ferro cerrado, mas de mãos feridas e abertas, estendidas em um abraço de boas vindas, bondade, ternura, perdão e graça. 
  • Quantos de nós temos usado a cruz a maneira de Cesar, para dominar e não a maneira de Jesus, para Libertar? 
  • Confessar Jesus como Senhor significa aderir a sua revolução de amor e viver desse modo revolucionário. 
  • Esse é o tipo de aprendizado que se forma interiormente e que Jesus, como mestre, ensina a seus aprendizes, um conhecimento sobre como viver que não pode ser reduzido a informação, palavras, regras, livros ou instruções, mas que deve ser observado em palavras e no exemplo do Mestre. 
  • Na biblia salvar significa “resgatar” ou “curar” . Enfaticamente não significa salvar di inferno ou dar vida eterna após a morte, como muitos pregadores parecem comunicar indirectamente sermão após sermão. 
  • ...dizer que DEus salva significa que ele intervém para resgatar. Deus, compassiva e miraculosamente interfere, se envolve, intervém e protege seu povo de seus inimigos e deles mesmos. 
  • Jesus precisa ser salvo dos cristãos que o emagreceram ou o engordaram ou que o converteram a nossa própria imagem. 
  • Teologia é a igreja em missão reflectindo sobre sua mensagem, sua identidade, seu significado. 
  • Discipulo - ser e fazer discípulos de Jesus Cristo em uma comunidade autentica para o bem do mundo”
  • O judaísmo se tornou exclusivo baseado em genética e o cristianismo se tornou exclusivo baseado em crença. 
  • O evangelho traz benção a todos, adeptos e não adeptos igualmente. 
  • Entretanto estou mais interessado em um evangelho que seja universalmente eficaz para toda a terra antes da morte na historia. 
  • Depois de protestar contra os excessos do catolicismo, os protestantes começaram a protestar uns contra os outros. 
  • Protestantes tem dado mais atenção a Biblia que qualquer outro grupo, mas infelizmente, muito do seu estudo bíblico foi empregado para alimentar seus esforços de provar que estavam certos e os outros errados. 
  • ...que a biblia se torne novamente aquilo que ela é, não uma enciclopédia de consulta acerca das verdades morais eternas, mas a narrativa dinâmica de Deus em ação em um mundo violento e pecaminoso, chamando as pessoas, começando com Abraão, para um novo modo de vida. 
  • Para mim, os fundamentos da fé se resumem aqueles dados por Jesus: amar a Deus e amarmos o próximo.
  • ....o caminho para se conhecer quem Deus é ....o de embarcar na aventura da fé, da esperança e do amor, mesmo se voce não sabe onde o seu caminho o levara. 
  • O calvinismo conforme praticado hoje tem menos a ver com Joao Calvino. 
  • Acho difícil imaginar a adoração a um Deus amoroso e determinista, operador de maquina. 
  • Ser escolhido significa ser “abençoado para ser uma benção”, ser curado para curar, ser escolhido para servir, ser enriquecido para enriquecer, ser ensinado para ensinar. Essa reforma na compreensão reformada da eleição seria verdadeiramente revolucionaria e penso eu libertadora. 
  • Teologia sistemáticas ou conhecimento bíblico simplesmente não produziram transformação pessoal. 
  • ...o baptismo em si é um tipo de ordenação ao ministério e que o proposito do discipulado é treinar e dispor apóstolos cotidianos. 
  • Cremos na igreja, o credo diz, e essa não é uma declaração fácil de engolir, porque estamos cercados de denominações, divisões, discussões, grandes polemicas e disputas triviais. É onde entra a parte cremos: voce só pode conhecer a unidade da igreja crendo nela e não necessariamente enxergando-a. 
  • Talvez quanto mais crermos e percebermos essa unidade, mais fácil será deixar para trás a desunião. 
  • Chamar a igreja crista de santa é dizer algo sobre o seu proposito e não sobre o seu comportamento em determinado momento. 
  • Os apóstolos foram aqueles chamados para aprender (como discípulos), a fim de serem enviados para uma missão. A partir dessa perspectiva, discípulos são apóstolos em treinamento, o discipulado cristão significa treinar para o apostolado, treinar para uma missão. 
  • Uma ortodoxia generosa é assim. Ela reconhece que somos todos uma bagunça. Ela ve em nossos piores fracassos a possibilidade do mais profundo arrependimento e a abertura de Deus para a nossa mais profunda cura. 
  • Jesus não quis criar um grupo fechado que baniria outros para fora de seu circulo, Jesus quis criar um grupo de boas vindas, que buscasse e recebesse a todos. Um grupo que não viesse para conquistar, nem para atormentar, nem para subjugar, nem para erradicar outros grupos, mas para salva-los, redimi-los, respeita-los, ama-los, ampara-los e abraça-los. 
  • ...francamente, também não é mesmo fácil ser um seguidor de Jesus em muitos contextos religiosos cristãos. 
  • Nunca aceite ou se contente com suposições não analisadas, suposições sobre o trabalho, sobre as pessoas, sobre a igreja ou sobre o cristianismo. Nunca tenha medo de fazer perguntas sobre o trabalho que herdamos ou o trabalho que estamos fazendo. Não ha nenhuma pergunta que não deva ser feita ou que seja proscrita. No dia em que encontrarmos o sistema de trabalho perfeito e imutável, a resposta perfeita, e não tivermos mais necessidade de sermos corrigidos de novo, nesse dia saberemos que estamos errados, que cometemos o maior de todos os enganos. 
  • Estou cada vez mais convencido de que Jesus não veio meramente começar outra religião ou competir no mercado religioso. Creio que ele veio extinguir o padrão de competitividade religiosa (que Paulo chamou de Lei) ao cumpri-lo, creio que ele veio para inaugurar algo alem da religião - uma nova possibilidade, um campo, um domínio, um território do espirito que saúda a todos, mas exige de todos que reflictam e se tornem como crianças. Ele não é, como muitas religiões, um lugar de medo e de exclusão, mas um lugar  para alem do medo e da exclusão. É um lugar no qual todos podem encontrar um lar e abraçar a Deus. 
  • Nós enxergamos Deus não como um potentado tentando manter servos sob controle, na condição de eterna infância, mas como um pai nos convidando a crescer e a amadurecer, a nos tornarmos bons, belos e verdadeiros como podemos nos tornar - emergir. 
  • ...a ortodoxia não é um destino. É um caminho - um caminho no qual alguém viaja e progride, mesmo se nunca for chegar (nesta vida). Fp 3.12-13
  • Estar nesta creatio continua, nessa criação constante e emergente, diante de toda essa beleza e gloria significa que não pode haver nenhuma ultima palavra. 
  • Ser um cristão de um modo generosamente ortodoxo não é afirmar que se tem a verdade capturada, apinhada e moldada na parede. É mais estar em uma comunidade amorosa de pessoas que estão buscando a verdade (doutrina) no caminho da missão e que se lançaram na busca por Jesus que connosco ainda nos guia. 
  • Talvez a ortodoxia venha a significar não apenas conclusões correctas, mas processos correctos para se continuar chegando a novas e melhores conclusões.
  • No dia em que estivermos completamente satisfeitos com o que temos feito, no dia em que encontrarmos o sistema de trabalho perfeito e imutável, a resposta perfeita e não a tivermos mais necessidade de sermos corrigidos de novo, nesse dia saberemos que estamos errados, que cometemos o maior de todos os enganos. 
  • No mundo de cima, o inferno certa vez se rebelou contra o céu. Neste mundo, no entanto, o céu esta se rebelando contra o inferno, pois o ortodoxo sempre pode ser uma revolução, posto que a revolução é uma restauração. 

quinta-feira, 24 de março de 2011

AQUIETE-SE

BOM É TER ESPERANÇA, E AGUARDAR EM SILENCIO A SALVAÇÃO DO SENHOR - LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS 3.26

CRENTES PROTESTANTES?

Esta semana fiquei sabendo de um fato lamentável. Dois grandes pensadores cristãos - Caio Fabio e Ricardo Gondin, andam agora trocando farpas entre si. Tive a oportunidade de ouvir o audio em que Caio Fabio “detona”  Ricardo Gondin usando palavras rudes (tudo isso no youtube). 
Isso me levou a pensar algumas questões. O termo “protestante” nasceu da postura que alguns cristãos tomaram diante dos desvios da igreja católica apostólica romana no século XVI. A reforma protestante foi uma tentativa de voltar a simplicidade do evangelho, visto que a igreja havia se desviado desta simplicidade, anunciando assim um “outro evangelho”.
A pergunta que faço é a seguinte - contra o que protestamos hoje? Os reformadores protestaram contra os desvios daquela igreja. A proposta era - voltar a palavra, viver o evangelho, depender da graça somente. Qual a proposta do nosso protesto hoje?
Sabe o que vejo? Em primeiro lugar - Vejo uma igreja protestando contra ela mesma, uma vez que são irmãos que se levantam contra seus irmãos. Veja bem, dois pastores, formadores de opinião, pensadores cristãos, trocando insultos publicamente. Se isso é ser  protestante, então eu to fora disso. Para mim isto é na verdade um desserviço, uma falta do que fazer. Na verdade, percebo ai a necessidade de se estar em evidencia, estar sob as luzes dos holofotes. 
Certa vez, os discípulos chegaram para Jesus para informar que alguém estava expulsando demónios no seu nome e isto sem fazer parte da equipe. Jesus imediatamente trata de censura-los dizendo- “Não o proibais. Quem não é contra nós é por nós.”
Será que estes senhores, apologistas da verdade, nunca leram nas suas bíblias este texto? E não é só este caso não. Ja tive a oportunidade de falar sobre o crescente numero de blogs que se apresentam como canais apologéticos da verdade. Sabe o que penso de tudo isto? Uma tremenda babaquice (desculpe a linguagem). 
Meu irmão não é meu inimigo. Não luto contra carne e sangue. A minha luta é contra principados e potestades que arrastam multidões para uma eternidade sem Deus. Enquanto isso, os “protestantes” protestam um contra o outro, cada um defendendo seu ponto de vista, querendo vender seu peixe para então aparecer na midia. Tenho vergonha dessa gente. Essa gente é uma vergonha. 
Enquanto eles se comem, sigo aqui trilhando o belo caminho da restauração. Não sou e não quero ser apologista, doutor ou dono da verdade. Quero ser um discipulo. Quero ser um canal de benção para este mundo sofredor. Quero proclamar a linda e fascinante boa nova - A graça nos acolhe e nos perdoa. 
É isto. Fui!!!

UMA REVOLUÇÃO DA GRAÇA E DO AMOR


Domingo passado Tive a oportunidade de ministrar na igreja que sirvo como pastor acerca da revolução da graça de Deus ocorrida na cidade de Ninive. Naquela noite pude compartilhar algumas verdades sobre Jonas, o profeta mau humorado da bíblia. Por que mau humorado? Porque ele não compreendia a graça e a misericórdia. A única coisa que ele entendia era a mensagem exclusivista da sua religião.
A graça não é exclusivista. A bíblia diz que a graça se manifestou salvadora a todos os homens. O elemento da totalidade aqui aponta para o carácter universal da graça. A graça se manifestou salvadora a todos - não há aqui nenhuma exclusão, a graça não exclui.
Enquanto a graça é para todos, a religião oferece seu produto para alguns, a saber, os moralmente correctos, os conservadores da tradição, os que possuem pedigree religioso. Jonas era um exemplo do religioso que não consegue enxergar a miséria alheia, a única coisa que percebia era a perversidade de um povo digno da condenação. Nisto ele estava certo, aquele povo merecia o juízo, a condenação, assim como eu e você. Mas é neste momento que entra a graça e quando a graça entra em cena, até quem não é digno de perdão, acaba perdoado.
Jonas se perde na mensagem da graça. Ele é um expert na mensagem condenatória, afinal condenar sempre é mais fácil. Mas a graça revela que o caminho do perdão embora difícil é o mesmo caminho que leva a restauração. Foi nesta restauração que os Ninivitas foram alcançados. O livro de Jonas termina com Ninive celebrando a graça e consequentemente sua restauração. E Jonas? Onde esta o profeta? Ninguém sabe. Quem sabe ele continuou assim, perdido na mensagem da graça, sem entender nada.
Temo desenvolver na minha vida a síndrome de Jonas. Por causa desta síndrome, o religioso tem sempre um olhar critico, condenatório. Por causa desta síndrome, pregar uma mensagem de condenação é mais fácil e cómodo. Confesso que as vezes sinto alguns sintomas desta síndrome no meu ministério. Quando isso acontece? Quando penso que a minha maravilhosa ortodoxia me faz merecedor, quando acho que os outros estão em apuros por que não pensam como eu penso. Alguém deve estar pensando que estou tentando relativizar as coisas, ou então tentando dar um carácter universalista a minha pregação. Você é livre para pensar o que quiser. O que importa para mim neste momento é trilhar o belo caminho de restauração que a graça abriu para todos nós. 
Terminei a ministracao de domingo conclamando a igreja a deflagrar nesta semana uma verdadeira revolução do amor. Uma revolução da graça e do amor mudou o destino de Ninive. Uma revolução da graça e do amor pode mudar os rumos da nossa cidade. A revolução acontece quando nos dispomos a amar, quando enxergamos a miséria do outro a partir da nossa própria, quando trocamos o discurso religioso da condenação pelas acções que demonstram graça e perdão. Será que isso é fácil? Claro que não. Mais uma vez preciso dizer é mais fácil pregar a condenação do que proclamar a graça. Graça existe doação. Fácil não é, mas vale a pena. Valeu a pena para Ninive. 

Vamos embarcar juntos nesta revolução ?

sexta-feira, 11 de março de 2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

THE JOSHUA TREE

(Tomei a liberdade de transcrever o belo artigo do Pr. Sandro Baggio (Mentor do projeto 242 SP) que também admira o trabalho da brilhante banda de Rock U2)


Eu me lembro exatamente o dia em que o Haroldo, um aluno do seminário, me fez a seguinte pergunta: “Cara, você sabia que aquela banda de rock U2 é cristã?” Diante de minha expressão atônita, ele continuou: “Eu assisti um video deles e fala sobre um lugar onde as ruas não têm nome…  Cara, a música é sobre o céu!” Isto foi em março de 1988, um ano depois de The Joshua Tree ter sido lançado pela banda e se tornado um dos maiores discos de rock da história.
Com a curiosidade aguçada pelo comentário do Haroldo, comprei um cassete de The Joshua Tree na próxima vez que estive em São Paulo para visitar minha família. Naquela noite ouvi Where the Streets Have No Name, Still Haven’t Found What I’m Looking For e With or Without You pela primeira vez. Minha música favorita era o rock pesado e heavy metal, então a sonoridade do U2 não me cativou de imediato. Mas à medida em que escutava aquelas músicas, elas pareciam crescer em mim, mexiam com minhas emoções, expandiam meu horizonte musical e desafiavam meus conceitos sobre o que era “música cristã” (eu ainda separava a música entre cristã e não-cristã, sagrada e profana, na época).
Afinal, eu poderia buscar vislumbres do céu em Where the Streets Have No Name (anos mais tarde eu entenderia que a frase fora inspirada na observação que Bono fez das ruas sem nome na Etiópia onde ele havia passado dois meses com sua esposa ajudando num campo de refugiados) ou interpretar With or Without You como se referindo a Deus (na verdade, era sobre o relacionamento entre Bono e sua esposa), mas francamente, não sabia o que fazer de Still Haven’t Found What I’m Looking For, uma letra que falava de dúvida (e não havia muito espaço para dúvida em minha teologia), ou outras faixas do disco que não tinham uma mensagem explicitamente “cristã”. Foi somente com o passar do tempo, ouvindo outros discos da banda e conhecendo um pouco mais de sua história que percebi o quanto das crenças cristãs abraçadas por Bono, Edge e Larry (Adam era o único “descrente” da banda) em sua adolescência encontravam ecos em suas músicas.
The Joshua Tree fez de mim um fã do U2. Comprei todos os discos anteriores e posteriores (e suas edições comemorativas remasterizadas quando saíram), os VHSs (e depois as edições em DVDs também), li uma dúzia de livros sobre a banda (dos quais considero Until the End of the World de Bill Flanagan como o melhor), assisti a banda ao vivo em 2005 e estou contando os dias para o show em São Paulo no próximo mês.
Hoje, 24 anos depois de ter sido lançado, The Joshua Tree é um dos meus discos favoritos. Graças a generosidade de uma amiga, ganhei o box da edição especial remasterizada em 2007. De vez em quando, pego-me voltando para suas melodias em busca de inspiração e para ser provocado novamente pelas idéias por trás de suas letras.
Para quem deseja conhecer mais sobre a fé expressa na música do U2, recomendo a leitura de Walk On – A Jornada Espiritual do U2 escrito por Steve Stockman.

Sandro Baggio
http://www.sandrobaggio.com/2011/03/09/the-joshua-tree/

quinta-feira, 3 de março de 2011

PROJETO 500

Ola queridos seguidores,

Quero compartilhar com vocês um desafio que nossa igreja (Comunidade Apostólica Filadelfia) resolveu abraçar. No ultimo domingo (28.02) lançamos o projeto 500. Atualmente a CAF reúne aproximadamente 300 discípulos e decidimos confiando na graça de Deus chegar a 500 ate julho deste ano. Cremos que a vontade de Deus para a sua igreja é o crescimento e entendemos também que Deus quer nos tirar de toda limitação. Porque cremos nestas verdades, estamos empenhados neste grande desafio - 500 discípulos ate julho. Cremos que alcançaremos nossa meta e logo definiremos um novo desafio. Conto com a intercessão de todos.
Confira o video do projeto.

Beijo no coração

COMEÇANDO A LER - ORTODOXIA GENEROSA

Agora é a vez de Ortodoxia Generosa de Brian Mclaren. Brian é uma das principais vozes do movimento de igreja Emergente. Seus posicionamentos são polêmicos e tem despertado a fúria de alguns conservadores. Ainda assim, acho que vale a pena parar para ouvir o que ele tem a dizer. Depois eu conto para vocês.

Beijo no coração.

CONFISSÕES DE UM PASTOR DA REFORMISSÃO - Mark Driscoll (NOTAS DE LEITURA)

Mark Driscoll é pastor da igreja Mars Hill (igreja do areópago) e um dos expoentes da igreja emergente. Falar da igreja que esta emergindo é simplesmente fascinante. No livro “Confissões” Mark fala do projeto de plantar uma igreja fiel a missão de Jesus, o que ele chama de igreja missional.  Seu compromisso com o chamado fala alto nas paginas deste livro, e é empolgante acompanhar a caminhada de Marc e seus lideres no sentido de edificar uma igreja relevante e de impacto. 
Com vocês minhas notas de leitura:
Notas de leitura:
  • Uma igreja deve determinar qual o tamanho ele gostaria de alcançar e começar a atuar como uma igreja daquele tamanho.
  • ...para que uma igreja cresça ela deve aceitar que a igreja se modificara.
  • Toda igreja deve se preparar quão grande deseja ser e se preparar para trabalhar em direção a esse alvo. 
  • Ultrapassar a barreira dos 350 também pode ser muito difícil, porque geralmente requer que a igreja faça a transição para múltiplos pastores, múltiplos cultos e múltiplas comunidades. 
  • Uma igreja missional poderá vir a ser uma uma megaigreja por 3 razoes: 1) O poder do evangelho de Jesus Cristo é poderoso e eficaz 2) Uma igreja missional voltada para fora das paredes, vai experimentar um crescimento pelas conversões 3) Uma igreja verdadeiramente missional tem um desejo tão ardente de transformação cultural, que ela tem que  ela tem que crescer o suficiente para servir a toda a cidade.
  • Não ha nada de errado em uma igreja ser pequena, contanto que ela odeie o pecado, ame a Jesus, sirva as pessoas, obedeça as escrituras e veja vidas sendo transformadas. A suposição mais aceita diz que a igreja primitiva, como descrita em Atos, não era uma megaigreja com sistemas e estruturas, mas simplesmente, pequenos grupos cristãos que se reuniam informalmente nas casas uns dos outros. 
  • Perguntas que todo líder missional deve responder - 1) O seu pastor precisa de uma reformissão? 2) A sua igreja pretende ser tradicional e institucional, contemporânea e evangélica ou emergente e missional? 3) A sua igreja é uma igreja emergente liberal ou uma igreja igreja emergente evangélica? 4) Vocês vão proclamar um evangelho de perdão, de autorealização ou de libertação? 5) A sua igreja pretende ser atracional, missional ou as duas coisas ao mesmo tempo? 6) Qual o tamanho do sapato que sua igreja vai calcar? 7) A sua igreja terá  a missão da comunidade ou será uma comunidade de missão? 8) Os seus lideres trabalharão por culpa ou por convicção? 9) Voce tem coragem de matar seus cães? 10) Voce sabe empunhar uma espada e usar uma colher de pedreiro?
  • A infância da igreja é a fase do sonho e da visão do futuro, quando se reúnem as pessoas, levantam-se fundos e os planos são feitos. O ministério neste estagio existe apenas na mente do líder, que procura comunicar a visão eficientemente e levar as pessoas a ajudarem a fazer dela uma realidade. Na fase da infância, a igreja e o líder são a mesma coisa, porque o líder é basicamente a única pessoa que mantém a igreja unida e realiza a maior parte do trabalho. 
  • A adolescência da igreja é alcançada depois de uma longa e dolorosa fase em que fazemos o trabalho pesado que é necessário para que a igreja passe a funcionar com sistemas saudáveis, lideres competentes e expectativas claras das pessoas. Esta fase é marcada por um grande numero de começos críticos, tais como retirar as pessoas erradas e fazer com que as pessoas certas se comprometam com a igreja e estejam dispostas a fazer tudo que for necessário para cumprir a missão. O período que leva a esta fase é exaustivo e se, neste ínterim, o plano dos lideres falhar, eles perdem a credibilidade e a igreja entra num estado de declínio letárgico. 
  • Muitos cristãos, erradamente acham que hospitalidade é receber outros crentes em sua casa e na igreja para fazer amizade. Mas isto é comunhao. Hospitalidade é quando os cristãos recebem estranhos, especialmente não crentes, em suas casas, vidas e na igreja. 
  • A zona de conforto é o lugar onde a igreja geralmente cai, uma vez que tenha aprendido a sobreviver. Este é o estado da maioria das igrejas americanas, com 60% a 80% de todas as igrejas na América numa fase estacionaria ou declinando em numero de membros ou de frequência aos cultos. Na zona de conforto, na maioria das vezes, não ha uma crise imediatamente visível, porque as contas estão pagas, a maioria dos trabalhos mais importantes estão sendo realizados por alguém, os lideres estão oficialmente instalados, a propriedade ja foi adquirida e paga e os membros da igreja, em geral, ja se desenvolveram o suficiente para se conhecerem e amarem-se uns aos outros. Nesta fase, a igreja esta propensa a se acomodar, aceitar seu tamanho e a passar automaticamente para a fase de manutenção. Em algum momento, as pessoas começam a se mudar ou morrem, outras ficam entediadas e, aos poucos, a igreja entra no ciclo do declínio, a menos que ela, intencionalmente, reinvente-se a si mesma missionalmente, para que possa continuar a crescer, a medida que volta a aceitar riscos, num esforço para alcançar os perdidos para Jesus. 
  • Maturidade é o ponto no qual o líder sénior volta a desafiar a igreja para a missão que Jesus o chamou a realizar. A medida que a igreja atinge a maturidade, ela, de uma certa forma, volta para o estagio de relançamento, no qual a igreja se organiza ao crescimento, porem de uma maneira pensada e sabia, procurando maximizar todos os seus recursos para atingir os seus alvos. Igrejas maduras são conhecidas por coisas tais como sistemas bem desenvolvidos, política, procedimentos, formas de comunicação (interna e externa) e programas de desenvolvimento de liderança, que fazem com que seja mais fácil realizar bem o ministério. Uma igreja madura tem todo o zelo de uma igreja bebe, mas também aprendeu com o passar dos anos, a como conduzir-se com um tipo de sabedoria que faz com que a igreja seja mais eficiente.
  • Características de igrejas grandes - 1) As igrejas grandes tem um tipo diferente de pastor 2) As igrejas grandes são lideradas de um modo diferente 3) As igrejas grandes usam suas propriedades de maneira diferente 4) As igrejas grandes tem expectativas maiores 5) As igrejas grandes dependem mais de sues próprios recursos 5) As igrejas grandes são teologicamente conservadoras e culturalmente liberais . 

terça-feira, 1 de março de 2011

SÉRIE - DESTRONANDO OS IDOLOS

O QUE É UM IDOLO
EX 20.1-3
Introducao - Deus em sua palavra se revela ao homem como o Deus que traz a provisão e a vida plena. No texto que acabamos de ler é assim que Ele se revela - eu sou o Deus que te tirei da escravidão. Deus decide tirar seu povo da vergonha da escravidão para introduzi-los num novo tempo, tempo de abundância e honra. Logo em seguida os 10 mandamentos são dados, não apenas como uma regra moral, mas como um caminho para um relacionamento mais sincero e transparente da criatura com o seu criador. O primeiro mandamento trata da idolatria - Não terás outros deuses diante de mim. A idolatria sempre será a primeira transgressão aos mandamentos do Senhor, porque a idolatria trata de redirecionar o coração da criatura para os deuses falsos. Hoje quero iniciar esta nova serie chamada “destronando os idolos”, porque estou convencido de que os idolos constantemente nos assediam e é preciso portanto evitar que o trono dos nossos corações seja ocupado por eles.
Transição - Hoje quero compartilhar com vocês algumas definições de idolos. Quando pensamos na palavra “idolatria” nossa mente logo nos remete ao ato de “curvar-se diante de uma imagem”. Isto é idolatria também, mas voce precisa entender nesta noite que as implicações da idolatria são bem mais profundas ainda. Em primeiro lugar
  1. IDOLO É TUDO AQUILO QUE NOS CONTROLA
1. ídolo é tudo aquilo que nos controla, controla os nossos pensamentos, as nossas emoções. Preste atenção a palavra “controle”. É isto que um ídolo faz - ele controla, um ídolo escraviza. Um dos melhores exemplos na biblia é o do jovem rico. O texto diz que aquele rapaz tinha boas intenções, ele queria saber como entrar no reino dos céus, ele tinha um histórico de religiosidade, cumpridor dos seus deveres religiosos. No entanto, diz a biblia que o ídolo da riqueza não permitiu que ele atendesse o chamado de Jesus. Resultado - diz o texto que ele voltou triste para a sua casa. Aquele jovem estava debaixo de um controle, de uma escravidão. 
2. Deixe eu tornar as coisas mais claras ainda. Voce ouve a palavra de Deus, entende a vontade de Deus para a sua vida, mas na hora de tomar uma decisão, voce logo se preocupa com o que os seus amigos vão pensar - neste caso o seu ídolo são os amigos. Voce ama a igreja, se sente abençoado pela palavra e pela comunhao dos irmãos, no entanto, quando é ministrada a palavra do ofertório, voce se sente incomodado e ai voce começa a questionar no seu coração - neste caso o seu ídolo é o dinheiro. Voce sonha em ter uma família, sabe que família é uma benção de Deus, no entanto na hora de voce entrar num relacionamento serio, voce cai fora, porque prefere viver relacionamentos abertos, neste caso o seu ídolo é o sexo. Voce sabe que amar o próximo como a si próprio é um mandamento do Senhor, mas na hora de se dispor a servir voce logo volta atras porque na verdade voce quer que os outros te sirvam - neste caso o teu ídolo é o poder. 
3. Ídolo é aquilo que não te permite tomar decisões necessárias. Ídolo é aquilo te faz protelar, adiar, deixar para amanha o que se deve fazer hoje. 
Transição - Em segundo lugar 

II. IDOLO É AQUILO QUE NOS DA A FALSA SENSAÇÃO DE SEGURANÇA - Salmo 20.7.
1.Olha o que o texto esta dizendo - uns confiam em carros.... Esta confiança tem a ver com se sentir seguro. Ídolo é aquilo que nos da a sensação de segurança. 
2. Aqui no texto carros e cavalos, na nossa realidade, o trabalho, a formação académica, o salário. 
  1. Mas escute com atenção - Eu falei aqui de falsa sensação. Isso mesmo. Voce pode se sentir seguro, mas a verdade é que voce não esta seguro coisa nenhuma. Porque voce não esta seguro? Porque a segurança que voce tem é incompleta. O salário traz segurança ate o dia que voce não tem mais este salário, o emprego traz segurança ate o dia em que voce é demitido, a formação académica traz segurança ate o dia em que alguém mais qualificado rouba o teu lugar. A segurança deste mundo sempre será incompleta. 
Transição - Outra definição é
  1. IDOLO É AQUILO SEM O QUAL NAO SE PODE VIVER  
  1. Na sua cabeça é aquilo que voce precisa ter, senão a vida não tem sentido. É aquilo que voce precisa ter mesmo que para isso seja preciso quebrar regras, ferir os outros, jogar toda reputação na lata do lixo. Zaqueu era um caso. Seu ídolo era o dinheiro e ele não estava nem aí para a sua reputação. 
Transição - E finalmente

IV. IDOLO PODE SER ATE AS MELHORES COISAS DA VIDA
  1. Isso mesmo que voce ouviu. As vezes pensamos no ídolo como uma coisa ruim. Deixa eu te explicar. As coisas boas da vida trazem consigo a sensação de satisfação das nossas necessidades e é neste momento que elas se transformam em idolos. 
  2. Vou te dar um exemplo. Um filho é coisa boa? Claro que é. Então porque Deus pediu para Abraão sacrificar Isaque? Veja, Deus estava pesando o coração de Abraão, será que para Abraão Isaque não tinha ja se transformado num ídolo? Por isso Deus prova a Abraão e Abraão passa no teste. Escute o que vou dizer - Deus não quer tirar das nossas vidas as coisas boas, mas não veja as coisas boas como a realização plena das tuas necessidades, pois nossa realização plena esta no senhor. Por isso o salmista declara - Em ti me alegrarei e saltaria de prazer - salmo 9.2 - em outras palavras - Meu prazer esta em ti.
Conclusão - Os idolos estão em toda parte - no amor, na família, no dinheiro, no poder, no sucesso. Existem idolos em todos os lugares. Os idolos querem o controle das nossas vidas. Pastor, o que devo fazer neste dia? Acho que tenho um ídolo guardado aqui dentro. Salmo 37.5 é o primeiro passo para se destronar idolos. Transfira o controle da sua vida para o Senhor. Sinta-se seguro, não pelo salário que voce recebe, ou pelo emprego que voce tem. Sinta-se seguro porque voce tem um Deus que cuida de voce, que é Deus de provisão. Sinta-se seguro não pela família que voce tem, mas porque voce tem um Deus que nunca vai te abandonar, mesmo que os teus te abandonem. De o controle da sua vida para o Senhor.