terça-feira, 11 de junho de 2013

TEISMO ABERTO–BRUCE A.WARE (Notas de Leitura)



  • Como podemos confiar de todo nosso coração no Senhor, enquanto temos dúvidas a respeito da capacidade de Deus para nos guiar e dirigir da melhor maneira
  • Não, a visão aberta sobre Deus representa um desvio do entendimento uniforme da igreja acerca das Escrituras e uma distorção do retrato bíblico de Deus. Permitir essa visão como legítima é essencialmente o mesmo que permitir o culto a um Deus diferente do Deus da Bíblia.
  • Noções distorcidas a respeito de Deus logo deterioram a religião em que apareceram. A longa carreira de Israel demonstra isso de maneira clara o suficiente, e a história da Igreja também confirma esse fato. Um elevado conceito sobre Deus é algo tão necessário à Igreja que, quando tal conceito entra em declínio, em qualquer grau que seja, o mesmo acontece com a adoração e os padrões morais da Igreja. O primeiro passo para a queda de qualquer igreja ocorre quando esta renuncia à sua elevada visão de Deus.
  • aberto perdem esse equilíbrio e, ao fazê-lo, diminuem a grandeza do Glorioso de Israel”. O Deus verdadeiro não fica surpreso com o
    que ocorre, mas se importa profundamente com o pecado que se revela.
  • O Deus da Bíblia demonstra a veracidade do fato de reivindicar ser Deus, ao predizer o futuro com precisão assombrosa e impressionante. A presciência de Deus compreende tanto o imediato (a próxima palavra que sairá de minha boca) quanto o remoto (o que nações e reis farão daqui a séculos). O Deus da Bíblia não encara o futuro como nós fazemos, indagando-se sobre o que virá a acontecer. Pelo contrário, o Deus verdadeiro conhece e anuncia o fim desde o princípio e desafia a todos a provar que ele está errado!
  • Deus sempre está pronto para ajudar a reconstruir nossa vida e oferecer-nos mais graça, força, direcionamento e aconselhamento.
  • Conforme disse C. S. Lewis, o sofrimento e megafone” de Deus chamando corações rebeldes.
  • Deus está mais preocupado com nosso caráter do que com
    nosso conforto; com nossa transformação do que com as provações necessárias para levar-nos até onde ele quer que estejamos.
  • Todavia, ainda que busquem com razão a libertação do sofrimento, os cristãos devem também estar prontos para aceitar e acolher a possibilidade de que o melhor de Deus para nós inclua uma contínua experiência do próprio sofrimento, do qual buscam libertar-se orando de forma correta e fervorosa.
  • De maneira alguma! Pois Paulo sabe que o sofrimento não
    é algo bom por si mesmo; seu único “bem” decorre daquilo que aprendemos com ele ou do quanto crescemos por causa dele. Assim, Paulo pediu em oração três vezes que Deus tirasse dele aquela aflição.
  • Nunca duvide de que Deus está na aflição, de que Deus é por nós e de que seus bons propósitos se cumprem por meio daquilo que ele desejou que passássemos.É difícil acreditar que o Deus do teísmo aberto esteja tão ausente e distante da dor e do sofrimento humanos quanto os teístas abertos desejam que imaginemos. Afinal, mesmo que o sofrimento aconteça, de acordo com a proposta do teísmo aberto, devido ao mau uso da liberdade das criaturas, de modo que livres agentes morais pratiquem ações prejudiciais e danosas, devemos indagar: será que Deus sabe o que está acontecendo? Estaria dentro de suas possibilidades fazer algo em relação a isso?
  • O sofrimento não é inútil e desnecessário, na medida em que Deus é capaz de ver com precisão qual propósito se cumpre por meio de todo sofrimento que acontece.
  • O Deus da Bíblia ordena nossa confiança, mas o Deus do teísmo aberto deixa-nos temerosos. O Deus da Bíblia encoraja nossa fé e esperança enquanto enfrentamos o futuro, mas o Deus do teísmo aberto desperta medo e terror diante de um futuro incerto tanto para nós quanto para ele mesmo. O Deus da Bíblia nos dá profundo e intenso senso de propósito em todas as aflições, sofrimentos, provações e tribulações que encaramos, mas o Deus do teísmo aberto nos diz que toda nossa dor é inútil e desnecessária. O Deus da Bíblia deliberadamente permite tudo o que acontece, sabendo com exatidão o que está fazendo e qual propósito o sofrimento cumprirá, mas o Deus do teísmo aberto priva a nós e a si mesmo de toda esperança em face do sofrimento. O Deus da Bíblia verdadeiramente está conosco em nossos sofrimentos, mas o Deus do teísmo aberto nos observa à distância, desejando que nada disso tivesse ocorrido, esperando (mas não sabendo) que algo bom possa ser reconstruído das cinzas. O Deus da Bíblia tem um histórico de realização perfeito— ele nunca, nunca falha. Mas o Deus do teísmo aberto desapontanos talvez com mais frequência do que é possível saber — apesar de não ter a intenção, frustra-nos, de qualquer maneira. O Deus da Bíblia é grande, mas o Deus do teísmo aberto é pequeno e limitado demais, sem dúvida. Não fica óbvio, então, que o Deus da Bíblia não é o mesmo Deus do teísmo aberto?
  • O que isso quer dizer? Antes de apresentar quaisquer pedidos
    ao Pai, disse Jesus, “vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso” . Para Jesus, reconhecer o conhecimento prévio que o Pai tem acerca das necessidades e desejos do nosso coração não diminui a relevância ou a integridade da oração; pelo contrário, o conhecimento prévio que Deus tem a respeito dessas coisas estabelece a base para a confiança cristã! Exatamente por saber que Deus tinha esse problema em mente muito antes de mim é que posso ter esperança quando oro. O fato é que eu nunca poderia dizer a Deus algo que ele não conhece ou não antevê. Tal fato inspira confiança, alegria e esperança.
  • A oração, portanto, é um mecanismo que convida nossa participação no desenrolar do sábio e perfeito plano de Deus.
  • Ora, por que Deus ordenaria as coisas desse modo? Por que
    ele simplesmente não cumpre o que deseja, sem necessidade de que oremos? Eis a resposta (você está pronto  para maravilhar-se?): Deus quer que participemos com ele na obra que está fazendo e, assim, “inventou” a oração como mecanismo que nos envolve na própria antecipação e execução do cumprimento de alguns dos seus propósitos.
  • Nada mais natural do que acharmos maravilhoso que não apenas o Burger King, mas também o próprio Deus deseje e espere saber o que queremos. Evidentemente, o cliente domina não só na questão do consumismo que orienta nossa economia, mas também na teologia que se propõe a remodelar nossas igrejas.
  • Se servimos um Deus no qual estamos tão seguros, seria tolice confiar em outras medidas. Não há lugar mais garantido do que sob o atento cuidado desse Deus.
  • A verdadeira esperança em Deus não se concentra nos obstáculos ao cumprimento da obra divina, mas também não os ignora. 
  • Por meio desse rebaixamento de nossa visão sobre Deus, nossa verdadeira força, alegria, paz e santidade são assoladas. O rebaixamento da glória de Deus é a causa do dano provocado em nosso bem-estar espiritual.
  • A. W. Tozer falou vigorosa e profeticamente, quando escreveu: Atentemos para que, em nosso orgulho, não aceitemos a errônea noção de que a idolatria consiste apenas em ajoelhar-se diante
    de objetos de adoração visíveis e que pessoas civilizadas estão, portanto, livres disso. A essência da idolatria é o acolhimento de
    noções distorcidas a respeito de Deus logo deterioram a religião em que apareceram. A longa carreira de Israel demonstra isso de maneira clara o suficiente, e a história da Igreja também confirma esse fato. Um elevado conceito sobre Deus é algo tão necessário à Igreja que, quando tal conceito entra em declínio, em qualquer grau que seja, o mesmo acontece com a adoração e os padrões morais da Igreja. O primeiro passo para a queda de qualquer igreja ocorre quando esta renuncia à sua elevada visão de Deus.