CURSO INTENSIVO DE CLINICA PASTORAL (Theologia Online open university)
- A sua escolha não é feita entre aconselhar ou não aconselhar, mas entre aconselhar de maneira disciplinada e hábil ou aconselhar de modo indisciplinado e inábil.
- O aconselhamento pode parecer às vezes uma perda de tempo, mas deve constituir uma parte importante do ministério, necessária e biblicamente estabelecida.
- É indiscutivelmente mais exato afirmar que Jesus fez uso de várias técnicas de aconselhamento
- Jesus aceitavapessoas pecadoras e necessitadas, mas também exigia arrependimento, obediência e ação.
- Jesus era absolutamente honesto, profundamente compassivo, altamente sensível e espiritualmente amadurecido.
- Ensinar tudo o que Cristo ensinou, portanto, inclui instrução na doutrina, mas abrange também ajudar as pessoas a se entenderem melhor com Deus, com o próximo e consigo mesmas.
- Em contraste com este tom otimista, é provável que para muitos a igreja contemporânea seja mais exatamente descrita como Uma Reunião de Estranhos, com Bancos Cheios e
Pessoas Solitárias.
- A Bíblia não é um livro de receitas infalíveis, destinado a produzir conselheiros geniais.
- Vamos reconhecer, porém, que existem muitos cristãos sinceros que terão uma vida eterna mas não gozam de uma vida muito abundante na terra.
- Compreender a si mesmo é, no geral, o primeiro passo para a cura. Muitos problemas são auto-impostos, mas a pessoa que está sendo ajudada talvez não reconheça que suas percepções são preconceituosas, suas atitudes prejudiciais e seu comporta- mento auto-destrutivo.
- O aconselhamento, portanto, inclui ajuda no sentido de fazer com que o aconselhado desaprenda o comportamento negativo e aprenda meios mais eficientes de agir.
- Num estudo de quatro anos conduzido com pacientes hospitalizados e vários conselheiros, foi descoberto que os pacientes melhoravam quando seus terapeutas mostravam um nível elevado de cordialidade, sinceridade e compreensão empática correta.
- O conselheiro sincero é "real" — uma pessoa aberta, franca,que evita o fingimento ou uma atitude de superioridade. A sinceridade implica em espontaneidade sem irreflexão e honestidade sem confrontação impiedosa.
- O bom conselheiro mostra-se sempre sensível a essas questões, capaz de entendê-las e comunicar eficazmente essa compreensão (por palavras ou gestos) ao aconselhado. Esta capacidade de "sentir com" o aconselhado é o que queremos dizer com compreensão empática correta.
- Os conselheiros que falam muito podem dar bons conselhos, mas estes raramente são ouvidos e terão ainda menos probabilidade de serem seguidos.
- Toda vez que lhe pedirem conselhos ou sentir-se inclinado a aconselhar, certifique-se de que conhece bem a situação. Você tem suficiente informação e perícia para aconselhar outrem? Pergunte a si mesmo quais poderiam ser os resultados de seus conselhos.
- Cada aconselhado é único — com problemas, atitudes, valores, expectativas e experiências peculiares.
- Sem levar em conta quão eficaz possa ser a hora de aconselhamento, sua influência pode ser diminuída se o aconselhado sair da sessão e esquecer-se ou ignorar o que aprendeu. A fim de enfrentar este problema, muitos conselheiros dão tarefa de casa — projetos destinados a fortalecer, expandir e estender o processo de aconselhamento para além do período que o aconselhado passa com o conselheiro.
- Neste ponto o envolvimento conselheiro-aconselhado deixa de ser uma relação de ajuda profissional. Isto nem sempre é negativo, mas os amigos também nem sempre são os melhores conselheiros.
- Desde que na verdade os aconselhados só podem provavelmente assimilar um ou dois pontos principais em cada entrevista, o aconselhamento deve
ser compassado, mesmo que isto signifique reuniões mais
curtas e mais freqüentes.
- Aspessoas compassivas não conseguem, com freqüência, evitar o envolvimento emocional, mas o conselheiro cristão pode evitar esta tendência considerando o aconselhamento como uma relação de ajuda profissional, claramente limitada em seus termos, tais como duração das entrevistas, número de sessões, resistência ao toque, etc.
- Alguns aconselhados têm o desejo consciente ou inconsciente de manipular, frustrar, ou não colaborar.
- Os indivíduos que tentam manipular seu conselheiro quase sempre fizeram da manipulação um modo de vida.
- É sábio perguntar-se continuamente:
- "Estou sendo manipulado?"
- "Será que tenho ultrapassado minhas responsabilidades
como conselheiro?"
- "O que este aconselhado deseja realmente?"
- Quando você suspeitar desse tipo de desonestidade e manipulação, é prudente conversar a respeito com o aconselhado, esperar uma negativa da parte dele, e depois estruturar o aconselhamento de modo a impedir manipulação e exploração do conselheiro no futuro.
- A resistência é uma força poderosa que quase sempre exige aconselhamento profissional em profundidade. Quando os conselheiros começam a trabalhar, as defesas psicológicas do aconselhado são ameaçadas e isto leva à ansiedade, à ira e a uma atitude de não-colaboração por vezes inconsciente. Quando o paciente é relativamente bem ajustado esta resistência pode ser discutida com brandura e franqueza. Permita que ele ou ela saiba que é responsável (e não o conselheiro) pelo resultado final do processo, obtendo ou não melhora.
- Quando esses indivíduos possuem um estilo de vida similar (ambiente semelhante), e especialmente quando são do sexo oposto, os sentimentos calorosos quase sempre incluem um componente sexual. Esta atração sexual entre conselheiro e aconselhado foi chamada de "problema ignorado pelos clérigos".
- Finalmente, tenha cuidado em não cair na perigosa armadilha de pensar: "Isso acontece com outros, mas jamais aconteceria comigo"
- Servimos a um Deus que perdoa, embora as cicatrizes — na forma de uma reputação arruinada ou um insucesso no casamento, por exemplo — possam durar a vida inteira. Se confessarmos qualquer pecado recebemos perdão, mas temos depois a obrigação de modificar daí por diante nosso comportamento a fim de fazê-lo mais coerente com as Escrituras.
- Se o aconselhado tornar-se uma séria ameaça para o casamento do conselheiro, é provável que já existam problemas na união antes do aconselhado entrar em cena.
- 0 conselheiro tem a obrigação de manter em segredo as informações confidenciais, a não ser quando haja risco para o bem-estar do aconselhado ou de outra pessoa.
- ....temos necessidade de férias - períodos regulares, distantes das pessoas exigentes, necessitadas. Jesus fez isto e nós também devemos fazê-lo se quisermos continuar sendo ajudadores eficientes e capazes.
- ....será muito útil compartilharmos nosso fardo, encorajando outros crentes a serem conselheiros leigos e ajudadores. O líder da igreja ou outro conselheiro cristão que tenta ajudar a todos sozinho está se preparando para um fracasso ou eventual "queima".
- O conselheiro precisa encontrar equilíbrio nas suas atividades, tempo para descansar ou divertir-se, e oportunidade para rir.
- ...durante a crise, ele talvez desenvolva novas respostas socialmente inaceitáveis e que tratem das dificuldades através da evasão, fantasia irracional, manipulações ou regressão e alienação - sendo que tudo isso aumenta a probabilidade dele vir a tratar também desa- justadamente as futuras dificuldades. Em outras palavras, o novo padrão por ele desenvolvido para enfrentar as crises torna-se daí por diante uma parte integral de seu re- pertório de respostas à solução de problemas e aumenta a possibilidade de vir a tratar dos riscos futuros com maior ou menor objetividade.
- Viver é passar por crises. Experimentar crises é enfrentar pontos críticos que trarão seja crescimento e maturação, ou declínio e imaturidade contínua. O conselheiro cristão está numa posição vital para influenciar a direção que as soluções para a crise vão tomar.
- ....mas pegar as mãos de uma pessoa em crise ou colocar os braços à sua volta é geralmente desencorajado no aconselhamento.
- Ajude o aconselhado a decidir quais as questões específicas que devem ser enfrentadas e os problemas a serem resolvidos. Tente focalizar a situação como se apresenta no momento e não naquilo que poderá acontecer no futuro.
- Com gentileza, mas firmemente, o conselheiro deve ajudar o aconselhado a fazer planos e, se necessário, pensar em melhores alternativas quando um plano anterior tiver falhado. Certo escritor sugeriu que "a regra de ouro para o terapeuta envolvido numa intervenção em período de crise, é fazer pelos outros aquilo que eles não podem fazer por si mesmos e nada mais!"
- A esperança nos ajuda a evitar o desespero e liberta a energia para enfrentar a situação de crise.
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