Creio na existência de algumas verdades que julgo inegociáveis. A primeira delas é que o Evangelho é a boa noticia de salvação e que esta boa noticia tem poder de restaurar o homem todo. A segunda verdade é que conforme afirmam as escrituras os tempos passam mas a palavra de Deus nao muda e jamais mudará. A terceira verdade é que a Igreja é a agencia do reino de Deus aqui na terra e cabe a ela ser luz do mundo e sal da terra. Cabe ainda a igreja pregar o evangelho dentro e fora de tempo.
Estou absolutamente convicto que o autor deste excelente livro trabalha e acredita nestas verdades. Em nenhum momento ele fala de mudar a mensagem para alcançar a geração pós-moderna. A questão que ele levanta é - Como comunicar o evangelho redentor de Jesus Cristo de forma que esta geração compreenda. Portanto, nao estamos lidando aqui com “o que falar” e sim com o “Como falar”.
O livro é definitivamente uma referencia para quem quer entender os novos tempos. Stanley Grenz conseguiu escrever realmente um guia e acredito que todo líder comprometido com a pregação do evangelho deve parar e prestar atenção nas palavras desta obra.
Quero compartilhar com vocês algumas notas que tomei no decorre da leitura deste livro.
- No fim das contas, o mundo pós-moderno nao passa de um palco onde se assiste a um duelo de textos.
- A vida na terra para eles é algo frágil, acreditam que a humanidade só continuara a existir se adoptar uma nova atitude de cooperação, e nao de conquista.
- a cosmovisão pós-moderna afirma que essa relatividade se estende para alem de nossas percepções da verdade e atinge sua essência: nao existe verdade absoluta, pelo contrario, a verdade é relativa á comunidade da qual participamos.
- Segundo os pós-modernos, existem outros caminhos validos para o conhecimento alem da razão, o que inclui as emoções e a intuição.
- O conhecimento nao pode ser meramente objectivo, dizem os pós-modernistas, porque o universo nao é mecanicista e nem dualista, e sim histórico, passível de relacionamento e pessoal.
- O pós-modernismo tem a ver com uma atitude intelectual e com uma serie de expressões culturais que colocam em questão os ideais, princípios e valores que se acham no centro da estrutura mental moderna.
- As primeiras provas do espirito característico básico do pós-modernismo foram, em grande medida, negativas. Este espirito decorre da rejeição radical da estrutura mental do iluminismo que deu origem a modernidade.
- A consciência pós-moderna, pelo contrario, enfatiza o grupo. Os pós-modernos vivem em grupos sociais independentes, cada um dos quais possui sua própria linguagem, suas crenças e seus valores.
- Segundo Toynbee, a era pós-moderna caracteriza-se pelo fim do domínio ocidental e pelo declínio do individualismo, do capitalismo e do cristianismo.
- A era pós-moderna, diferentemente, enfatiza a produção de informações. Estamos testemunhando a transição de uma sociedade industrial para uma sociedade de informação, cujo símbolo é o computador.
- Acabaram-se também as antigas lealdades a uma fonte única de autoridade e a um centro respeitado de poder legitimo a que todos possam recorrer.
- Os pós-modernos ja nao sonham mais com a utopia. Em seu lugar, podem oferecer apenas a diversidade incomensurável da heterotopia pós-moderna, o multiverso, que substituiu o universo da procura moderna.
- Nesse sentido, as obras pós-modernista frequentemente apresentam outro tipo de código dúplice. Elas falam uma linguagem e usam elementos acessíveis ao homem comum, bem como aso artistas e arquitectos profissionais. Assim, as expressões pós-modernas unem os reinos do profissional e do popular.
- Da musica Rock ao turismo, da televisão a educação, os apelos dos comerciais e as exigências dos consumidores não são mais por coisas materiais, mas por experiências.
- Os pós-modernos rejeitam a possibilidade da construcao de uma cosmovisão única correcta e contentam-se simplesmente em falarem de muitas visões e, consequentemente, de muitos mundos.
- Para eles o ponto em questão não é - “será que esta proposição ou teoria esta correcta?” e sim “O que ela faz?” ou “Qual é o resultado?”.
- Ao descontruir esses conceitos influentes, talvez possamos libertar nossos pensamentos e acões de seu domínio.
- O ensino nao é mais a mera transmissão de uma disciplina do conhecimento que se antepõe a experiência educacional, em vez disso, ele deve abranger a produção ativa do significado.
- A idade da razão foi realmente um dos períodos de maior esperança da historia da humanidade.
- Heidegger argumenta que o ser humano não é, basicamente, um ser pensante, um sujeito envolvido em atos de cognição, pelo contrario, somos, sobretudo, seres que estamos no mundo, emaranhados em redes sociais.
- Podemos falar sobre a verdade somente enquanto estivermos “nela” e não buscando por ela fora da experiência.
- Os pensadores pós-estruturalistas dizem saber somente uma coisa: a impossibilidade de saber.
- Foucault exige que os eruditos abandonem toda pretensão a neutralidade e aceitem o fato de que sua tarefa consiste em trazer a luz o sistema de pensamento sem autor, sem sujeito e anónimo, presente na linguagem de uma determinada época. É desse modo que o critico pós-moderno procura se libertar da fé na racionalidade.
- Nosso compromisso para com o Deus revelado em Cristo obriga-nos a resistir ao menos a um aspecto ou a um desdobramento do cepticismo radical do pós-modernismo: a perda de um centro.
- Alem disso, os cristãos assumem uma postura cautelosa e ate mesmo desconfiada em relação a razão humana. Sabemos que em decorrência da queda da humanidade, o pecado é capaz de cegar a mente humana. Estamos conscientes de que a obediência ao intelecto, as vezes, pode nos desviar de Deus e da verdade.
- Neste ponto podemos aprender com os eruditos contemporâneos que advogam a vida em comunidade e que uniram-se ao ataque pós-moderno a fortaleza epistemolica do modernismo.
- ...nao podemos simplesmente comprimir a verdade nas categorias de certeza racional que são típicas da modernidade. Em vez disso, ao entender e expressar a Fé crista, temos de dar espaço para o conceito de “mistério” nao como complemento irracional ao racional, mas como algo que nos lembra que a realidade fundamental de Deus transcende a racionalidade humana.
- Se, porem, vamos ministrar no contexto pós-moderno, devemos estar cientes de que a nova geração esta cada vez mais interessada na pessoa humana como um todo. O evangelho que proclamamos deve se dirigir as pessoas humanas em toda a sua inteireza.
- Evangelho de Jesus Cristo foi proclamado em todas as eras com poder para converter os corações humanos. Hoje em dias, o evangelho é a resposta para os anseios da geração pós-moderna. Nossa missão como discípulos de Cristo consiste em encarnar e expressar as boas novas de salvação de modo que a nova geração possa compreende-las.
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