quarta-feira, 25 de agosto de 2010

NISTO EU CREIO


Definitivamente o que nos falta é equilíbrio.
A historia da igreja tem sido marcada por constantes desequilíbrios, é o chamado 8 ou 80. A discussão hoje gira em torno das igrejas que professam a famigerada teologia da prosperidade, visto que pregadores de projecao nacional tem aderido ou pelo menos mostram-se simpatizantes desta corrente teológica (se podemos chamar assim). Neste texto porem, quero tentar estabelecer um ponto de equilíbrio, pois se vejo distorções graves na tal teologia, vejo também erros terríveis do outro lado. 
Antes de qualquer coisa preciso afirmar de forma categórica - Creio na prosperidade, nao na teologia da prosperidade. E porque creio na prosperidade? Primeiro porque está na palavra de Deus. Deus prometeu abençoar o seu povo com toda sorte de bênçãos (Ef1.3), a biblia ainda diz que Deus mesmo suprira nossas necessidades (Fp 4.19), uma vez que ele é poderoso para nos dar mais do imaginamos. Prosperidade é uma benção de Deus para o seu povo e como toda benção é fruto da graça. Ai a teologia da prosperidade peca terrivelmente. Na teologia da prosperidade Deus esta obrigado a nos abençoar e nós temos o direito de sermos abençoados. Primeiro, Deus nao é obrigado a fazer nada (Ele é DEUS!). Segundo, desde quando o servo tem direitos? Se a salvação é pela graça, tudo que vem depois provem dela. Creio na prosperidade porque como Filhos somos alvos do amor incondicional do Pai, Jesus mesmo pergunta - “qual o pai que o filho pedir...” Mat 7.9
Portanto, a teologia da prosperidade é inconsistente, sem base, sem fundamento. Agora espere um pouco, vejo também erros terrível do lado daqueles que se arrogam bastiões da ortodoxia. Normalmente vejo igrejas que ao jogarem a agua da banheira fora acabam jogando a criança junto. Igrejas que nao crêem da teologia da prosperidade e na prosperidade pecam porque: 1) Matam os sonhos dos seus discípulos - “Sonhar pra que? Voce nasceu assim, vai morrer assim, esta é a vontade de Deus”. Resultado - centenas de pessoas tristes, frustradas nos seus sonhos, simplesmente porque sonhar e proibido 2)  Pregam um evangelho pela metade e nao o evangelho integral - Jesus libertou o jovem gadareno e logo aquele jovem liberto apareceu vestido e bem arrumado. O mesmo se deu com o filho pródigo que ao voltar para casa, logo recebeu vestes novas, anel e novas sandálias. O que isto tudo significa? Que Deus liberta e da uma nova condição, uma nova situação, afinal esta escrito na palavra de Deus “Ele ergue o pobre do monturo e o faz assentar entre os príncipes do seu povo”. 3) Preferem que sua liderança viva em situação de vexame - ha um espirito terrível em algumas igrejas, em que os membros para mostrarem uma falsa piedade preferem que seus pastores vivam em condições miseráveis. Pastores exemplares sao aqueles que nao tem onde cair morto, que nao tem carro, que nao podem viajar, estes sim sao pastores os outros sao um bando de ladroes. Que espirito terrível este! Ao longo do meu ministério tenho visto colegas pastores vivendo de forma precária, nao é a toa que os filhos nao queiram saber de ministério. Viver em ostentação é uma coisa e viver em miséria é outra coisa bem diferente. Percebe a dificuldade da igreja em equilibrar as coisas? Entendo que a ostentação é pecado. Viajar de avião é uma necessidade, ter jatinho é ostentação. Ter um carro é uma necessidade, ter uma colecao de carros enquanto muitos discípulos nao tem nem sequer o dinheiro da passagem é ostentação. 
Minha conclusão? Teólogos da prosperidade precisam ser converter e os ortodoxos arrogantes (pretensos donos de Deus) também! Os dois se julgam donos de Deus e da verdade. Detesto este tipo de gente, que corrompe o evangelho. Evangelho nao é esse festival de desequilíbrio que encontramos por ai. Evangelho é o poder de Deus para salvação integral do ser humano, e nisso eu creio.
Bem, a esta altura do campeonato alguém vai dizer - “Este cara quer agradar a quem?” Eu digo - quero agradar a Deus. Nao tem esse lance de ficar em cima do muro nao. Minha posição é a posição do evangelho, sem extremismo, sem exageros. Nisto eu creio!

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